O Brasil registrou um aumento de 27,5% no volume das importações de aço nos primeiros quatro meses de 2025, alcançando 2,2 milhões de toneladas, enquanto a produção nacional permaneceu praticamente estagnada no mesmo período. Segundo dados divulgados pela Aço Brasil, a produção de aço bruto no país atingiu 11 milhões de toneladas no acumulado do primeiro quadrimestre, representando uma ligeira queda de 0,3% em comparação com o mesmo período de 2024.
Em termos de valores, as importações de aço somaram US$ 2,05 bilhões de valor FOB entre janeiro e abril de 2025, um crescimento de 14,7% em relação aos US$ 1,79 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior, conforme levantamento da Logcomex. Os dados de importação e produção sugerem um possível aquecimento na demanda interna que não está sendo totalmente atendido pela oferta doméstica.
O consumo aparente nacional de produtos de aço – que inclui a produção doméstica e as importações, subtraindo as exportações – apresentou crescimento de 8,4% no primeiro quadrimestre de 2025, totalizando 8,8 milhões de toneladas. As vendas internas registraram alta de 3,2%, atingindo 6,8 milhões de toneladas, enquanto as exportações recuaram 4,4%, com volume de 3,1 milhões de toneladas.
A China se destaca como a principal fornecedora de aço para o Brasil, de acordo com a Logcomex, respondendo por expressivos 54% do valor total importado no período, o que equivale a US$ 1,04 bilhão. Completam o ranking dos maiores exportadores para o mercado brasileiro: Coreia do Sul (7%, com US$ 134,9 milhões), Alemanha (5%, com US$ 106,5 milhões), Japão (4%, com US$ 82,7 milhões) e Egito (4%, com US$ 81,4 milhões).
Entre os estados brasileiros, ainda segundo a Logcomex, Santa Catarina lidera como o principal importador, concentrando 33% do valor total de aço comprado do exterior (US$ 680,8 milhões), seguido por São Paulo (19%, com US$ 395,3 milhões) e Rio de Janeiro (8%, com US$ 173,2 milhões). Amazonas, Minas Gerais e Ceará também figuram entre os principais importadores, com participações de 7%, 7% e 6%, respectivamente.
Na análise por produto, é possível perceber que produtos laminados planos (NCM 7210.49.10), líder dentre os NCMs importados do setor, acumulou um FOB de US$ 115 milhões, um decréscimo de 12% no primeiro quadrimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, tubos de aço inoxidável (NCM 7304.24.00) teve um FOB importado de US$ 54 milhões, mas um aumento de 93% em relação ao ano passado.