A possível ampliação das tarifas sobre produtos chineses traz impactos relevantes ao setor de transporte marítimo global. Dados do Shipment Intel, da Logcomex, mostram que, apenas no primeiro trimestre de 2025, o Brasil movimentou 425.844 TEUs em importações com origem na China, enquanto as exportações com destino ao país asiático totalizaram 105.872 TEUs.
Esse volume expressivo reforça a importância da China na cadeia de suprimentos, especialmente no segmento naval.
A MSC, maior empresa de transporte marítimo do mundo, concentra mais de 90% da sua carteira de pedidos atuais em estaleiros chineses. A Maersk, outra gigante do setor, optou por construir mais de 70% de suas novas embarcações no país asiático, segundo dados da Bloomberg News.
Essas decisões estratégicas, feitas antes do novo cenário tarifário, agora enfrentam incertezas. A depender da evolução das políticas comerciais, os impactos podem extrapolar o setor naval e atingir diretamente rotas, prazos e custos de transporte marítimo no mundo todo.