O Brasil experimentou um crescimento nas exportações de cobre no início de 2025, com dados do primeiro quadrimestre revelando um salto de 24% em valor (US$ 1,4 bilhão) comparado ao mesmo período de 2024, quando registrou US$1,1 bilhão.
Este desempenho, é impulsionado primariamente por dois fatores: a valorização global do metal e a crescente demanda internacional por insumos essenciais para a transição energética.
O relatório da ONU Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) divulgado em maio de 2025 sinaliza que a demanda global por cobre deve aumentar mais de 40% até 2040, com a oferta não acompanhando este ritmo. O metal é fundamental para veículos elétricos, energia renovável e infraestrutura digital avançada.
Segundo dados da Logcomex, de janeiro a abril de 2025, a China despontou como o principal destino das exportações brasileiras de cobre e minérios de ferro, absorvendo 29% do total (US$426,5 milhões), seguida por Alemanha com 22% (US$319 milhões) e Bulgária com 12% (US$167,6).
Apesar do país asiático liderar o ranking dos países de destino das exportações brasileiras, a concentração no mercado norte-americano pode se intensificar nos próximos meses, caso avance a proposta de acordo sobre minerais críticos apresentada pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) e a US Chamber of Commerce.
A mineração de minérios metálicos não ferrosos registrou alta de 24% nas exportações no primeiro quadrimestre de 2025. Dentre as NCMs que contribuíram para este crescimento estão os outros minérios de cobre e seus concentrados (NCM: 2603.00.90) que registraram aumento de 40% e valor FOB de US$1 bilhão. Sulfetos de minérios de cobre e seus concentrados (NCM:2603.00.10), apresentou recuo de 5% no valor FOB exportado no período analisado (US$388,7 milhões) – em comparação com o mesmo período de 2024, quando registrou US$410 milhões.
A valorização do metal no mercado internacional e a posição estratégica do Brasil como fornecedor confiável em um cenário de crescentes tensões comerciais entre EUA e China colocam o país em posição privilegiada para continuar expandindo sua participação neste mercado de alta demanda projetada para as próximas décadas.