A China absorveu um volume recorde de soja brasileira nos três primeiros meses de 2025. Segundo analistas, até 25 de março, foram 22,8 milhões de toneladas embarcadas, das quais 17,7 milhões foram destinadas ao mercado chinês.
O movimento reflete compras antecipadas feitas ainda em dezembro de 2024, além do contexto de tensão comercial entre China e EUA, que favorece o Brasil como fornecedor confiável.
Os dados da Logcomex confirmam essa tendência: no primeiro trimestre de 2025, o volume exportado para a China cresceu 7% em comparação ao mesmo período de 2024. Apesar de uma leve retração no valor FOB — queda de 4%, somando US$ 6,68 bilhões —, o número de operações logísticas avançou 13%.
Ainda assim, a China foi destino de 79% das exportações de soja brasileira em janeiro e fevereiro, contra 75% no mesmo período de 2024, segundo a ANEC.
Com uma safra estimada em mais de 170 milhões de toneladas, o Brasil reforça sua posição como principal fornecedor global de soja, especialmente em momentos de incerteza geopolítica. A expectativa é que os embarques continuem fortes ao longo do ano, com a China mantendo protagonismo nas compras.