Exportações de carne bovina brasileira: Recorde no 1º semestre de 2025 com mudanças no mapa comercial

As exportações brasileiras de carne bovina atingiram níveis recordes em 2025. De acordo com a Logcomex, o setor registrou aumento […]

As exportações brasileiras de carne bovina atingiram níveis recordes em 2025. De acordo com a Logcomex, o setor registrou aumento de 34,4% de janeiro a agosto de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em 2025, o FOB registrado foi de US$9,5 bilhões, enquanto em 2024 foi de US$7 bilhões.

Apesar das tarifas impostas pelos Estados Unidos, o setor demonstrou resiliência, diversificando mercados e ampliando suas operações, com destaque para o México, que se tornou o terceiro maior importador de carne bovina brasileira. 

O preço da carne no mercado interno continua elevado e deve se manter assim, impulsionado pela forte demanda internacional e pelo consumo doméstico aquecido.

O crescimento contínuo das exportações de janeiro a agosto de 2025 reforça a posição do Brasil como maior exportador global de carne bovina. Roberto Perosa, Presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), destaca que o resultado do semestre reforça a confiança internacional na carne bovina brasileira e consolida o trabalho que o órgão tem feito para ampliar e manter o acesso a mercados.

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, com uma projeção de exportar 3,75 milhões de toneladas em 2025. De janeiro a agosto de 2025, a China destacou-se como principal destino das exportações de carne bovina, respondendo por 52% das importações e registrando FOB de US$5 bilhões.

Os Estados Unidos aparecem em seguida, respondendo por 9% das importações de carne bovina do Brasil, com FOB de US$899 milhões. O México também aparece no ranking, com 5% das importações e FOB de US$438,6 milhões.

Em relação aos principais estados brasileiros exportadores no período analisado, o Mato Grosso respondeu por 23% das exportações, registrando FOB de US$2,2 bilhões. São Paulo aparece em segundo lugar, com 19% das exportações e FOB de US$1,8 bilhão. Goiás ocupa a terceira posição, respondendo por 13% das exportações e FOB de US$ 1,2 bilhão.

México: de mercado emergente a parceiro comercial estratégico

O México emergiu como um dos grandes destaques nas exportações de carne bovina brasileira de janeiro a agosto de 2025, com crescimento de 258% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Logcomex.
Um fator crucial para a expansão das exportações ao México foi o aumento do número de frigoríficos brasileiros habilitados a exportar para o país. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que esse número pode crescer em 40%, passando de 35 para 49 plantas.

Dentre os estados brasileiros exportadores de carne bovina para o México, destacaram-se: 

  • Goiás (GO): 29% das exportações — FOB: US$171 milhões
  • Mato Grosso do Sul (MS): 20% das exportações — FOB: US$86,3 milhões
  • Rondônia (RO): 13% das exportações — FOB: US$56 milhões
  • São Paulo (SP): 13% das exportações — FOB: US$55 milhões
  • Mato Grosso (MT): 11% das exportações — FOB: US$48 milhões
  • Tocantins (TO): 3% das exportações — FOB: US$14,8 milhões
  • Rio Grande do Sul (RS): 1% das exportações — FOB: US$6,2 milhões

É válido ressaltar que existem várias alternativas promissoras, como a Austrália, Índia, Argentina, Nova Zelândia, Canadá, Uruguai e Paraguai, que são importantes players no mercado global, representando potenciais parceiros comerciais. Além disso, é esperada uma taxa de crescimento anual de 3,19% (CAGR 2025–2029).

De acordo com análises do Export Intel — solução da Logcomex —, durante o período de janeiro a agosto de 2025, mais de 900 empresas ao redor do globo importam as NCMs 0201.30.00, carnes desossadas de bovino congeladas,  e 0202.30.00, carnes desossadas de bovino, frescas ou refrigeradas.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tem intensificado sua agenda de diversificação de mercados desde o anúncio da sobretaxa americana. Segundo cálculos do Mapa, desde o anúncio do tarifaço imposto pelo governo americano, um mercado tem sido aberto por dia para o setor agropecuário. Desde o início do atual governo, em 2022, 435 novos mercados foram abertos para o agronegócio brasileiro.

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