O período de janeiro a agosto de 2025, apresentou um cenário positivo para as exportações brasileiras de celulose, com crescimento significativo em volume e uma recente conquista diplomática com a isenção total das tarifas americanas sobre o produto.
A celulose microcristalina, principal item da pauta, registrou crescimento expressivo de 58% em volume exportado, comparado ao mesmo período de 2024, de acordo com a Logcomex. Já em relação ao valor FOB, a NCM registrou 15,5 milhões somente de janeiro a agosto de 2025.
Todas as três NCMs referentes a Celulose microcristalina, em pó, outras celuloses, em pó, e outras celuloses e derivados químicos, em formas primárias, registraram em conjunto, aumento de 30% no FOB exportado no período de janeiro a agosto de 2025, comparado ao mesmo período do ano passado.
Segundo apontam análises do Export Intel — Solução da Logcomex —, existem mais de 30 empresas estrangeiras que importam as NCMs citadas.
Países como Estados Unidos, Índia, México, Canadá, Itália, Argentina, Países Baixos (Holanda), França, Chile, Espanha, são os países de destino com maiores valores por peso.
Já em relação ao FOB, de janeiro a agosto, os Estados Unidos continuaram como principal destino das exportações brasileiras de celulose com FOB registrado de US$6,5 milhões, seguidos pela Índia (FOB de US$2,5 milhões) e México (FOB de US$1,4 milhão).
O estado de São Paulo concentrou 99% das exportações de celulose no período analisado, com FOB registrado em US$15,4 milhões.
O setor de celulose brasileiro enfrentou um período de incertezas com o “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos em 2025:
O destaque fica para a recente decisão do governo americano de retirar completamente as tarifas sobre a celulose brasileira, beneficiando diretamente grandes exportadoras.
A decisão evidencia a importância estratégica da celulose brasileira para o mercado americano, que mesmo em um cenário protecionista, optou pela isenção.
Com a isenção do tarifaço americano, espera-se:
Segundo dados do Statista, o mercado de celulose e papel deverá atingir um valor agregado de US$6,09 bilhões em 2025, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) estimada em 1,23% entre 2025 e 2029. O valor adicionado per capita nesse setor deve chegar a US$27,82 no mesmo ano.
A produção total do mercado está projetada para alcançar US$25,54 bilhões em 2025, com um crescimento anual composto de 1,08% ao longo do mesmo período. Já a intensidade de fabricação — que mede a relação entre valor agregado e produção — deve atingir 1,05% em 2025.
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