Dólar: retrospectiva e tendências

O dólar americano desempenha um papel central no comércio exterior, por ser a principal moeda de reserva global e amplamente utilizada como divisa para negociação internacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Insights:

No campo macroeconômico, o câmbio foi o grande tema de 2024 no Brasil. Após iniciar o ano em relativa estabilidade, o valor do dólar frente ao real disparou, fazendo a cotação chegar ao maior nível nominal histórico. As razões para isso provém de circunstâncias internas, como a política fiscal, mas também de questões geopolíticas internacionais.

Apesar de movimentos internacionais buscarem acabar ou reduzir a dependência do comércio global do dólar, a divisa americana ainda influencia fortemente as transações internacionais impactando desde
os custos de importação e exportação até a estabilidade econômica de países.

Dólar e o comércio global

O dólar americano desempenha um papel central no comércio exterior, por ser a principal moeda de reserva global e amplamente utilizada como divisa para negociação internacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Embora nos últimos anos, especialmente a partir de 2022, com o início da Guerra da Ucrânia, alguns países tenham iniciado acordos para negociações bilaterais com outras moedas, 88% das operações de comércio exterior ainda são feitas em dólar, segundo o Dollar Dominance Monitor, do Atlantic Council’s GeoEconomics Center.

A dispensa do dólar em transações comerciais internacionais é uma medida liderada pelos países do BRICS, bloco formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e que este ano incluiu como membros plenos Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e Irã.

Apesar de relevante em termos geopolíticos, o movimento de “desdolarização” ainda é incipiente e deve causar mudanças maiores na dependência global da moeda americana apenas no médio e longo prazo. Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) referentes ao segundo trimestre de 2024 mostram que 54,1% das reservas internacionais são baseadas em dólar. O euro, segunda principal moeda, representa 18,3%.

Assim, a variação do dólar pode impactar diretamente o valor dessas reservas e, por consequência, a estabilidade econômica de alguns mercados. Entre as transações realizadas por meio da rede de pagamentos internacionais Swift 57,9% são feitas em dólar, segundo relatório recente da organização responsável pela plataforma.

O dado aponta para um crescimento da participação da moeda americana, que em maio de 2021 respondia por 40,9% das operações. A segunda moeda mais utilizada é o euro, com 12,4% de participação.


Participação monetária dos pagamentos internacionais mensais no SWIFT 2019-2024


Países e empresas ao redor no mundo também contraem dívidas fixadas em dólares. Segundo o Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, e o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos, países ao redor do mundo dispunham de US$ 8,7 trilhões em títulos do Tesouro americano em setembro.

Portanto, se o câmbio da moeda americana sobe, os custos de pagamento dessas dívidas aumentam em termos da moeda local, o que pode dificultar o cumprimento de obrigações financeiras, especialmente em economias com moedas consideradas fracas.

No âmbito do comércio exterior mais especificamente, setores fundamentais para a economia, como o de minérios e commodities agrícolas têm suas cotações altamente influenciadas pela cotação do dólar, mesmo que a transação comercial ocorra entre países que utilizem outras moedas.

Assim, a valorização do dólar em relação a uma moeda faz com que custos de importação de uma empresa ou de um país que utilize essa divisa subam, uma vez que será necessário utilizar mais de sua moeda local para comprar a mesma quantidade de bens cotados no ativo americano.

Para os exportadores, por outro lado, a alta do dólar pode tornar seus produtos mais competitivos no mercado global, pois seus preços se tornam relativamente mais baixos para compradores estrangeiros.

Nesse contexto, as decisões do Fed sobre taxas de juros, políticas fiscais e monetárias podem afetar diretamente a economia de outros países ao impactar o valor do dólar. Adversários políticos e econômicos dos Estados Unidos, como Rússia e China, além de analistas e especialistas do mercado financeiro, têm acusado Washington de se aproveitar da dominância do dólar para agir em benefício próprio em questões geopolíticas.

Isso porque, se o Fed aumenta as taxas de juros, o dólar tende a se valorizar, o que pode tornar as exportações americanas mais caras, mas também aumentar os custos de dívidas em dólar para empresas e países que têm empréstimos lastreados nessa moeda.

Flutuação do dólar frente ao real em 2024

O dólar comercial começou o ano cotado a R$ 4,89 em meio a um período de estabilidade do câmbio, resultado de boas expectativas do mercado financeiro em relação à política monetária e fiscal do Brasil, além de um ambiente global que apresentava sinais de desaceleração econômica, especialmente com o temor de recessões nos Estados Unidos e Europa. Desde outubro de 2023 a moeda americana não superava os R$ 5,10, situação que se manteria até abril de 2024.


Valor em R$


O primeiro relatório Focus do ano, com dados de 5 de janeiro, projetava que o dólar encerraria os anos de 2024 e de 2025 cotado a R$ 5 e chegaria ao fim de 2026 a R$ 5,10. O boletim é lançado semanalmente com base em expectativas de instituições que atuam no mercado financeiro, como bancos, gestoras de recursos e consultorias.

Ao longo do ano, no entanto, fatores externos e principalmente internos fizeram com que a moeda brasileira perdesse valor no mercado internacional. Ao fim de novembro, o real foi a 8ª moeda que mais desvalorizou frente ao dólar, em uma comparação feita pela agência de risco Austin Ratings com 118 moedas, com base em dados do Banco Central (BC).


Moedas que mais desvalorizaram em 2024 frente ao dólar (até novembro)


A primeira grande flutuação ocorreu na segunda quinzena de abril, quando a cotação bateu os R$ 5,25. Na época, o governo acabava de promulgar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), com dados que demonstravam uma deterioração dos indicadores fiscais em relação a números divulgados previamente.

Um afrouxamento do controle da dívida pública, além de incertezas em relação à sucessão da presidência do BC e de sua independência diante do governo central também contribuíram para o enfraquecimento da moeda à medida que investidores estrangeiros retiravam recursos do país.

A atuação do Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, que voltou a elevar a taxa básica de juros em setembro, depois de um ciclo de cortes iniciado em 2023, ajudou a controlar o câmbio durante algum tempo.


Taxa Selic


Apesar de o Brasil manter superávit na balança comercial (US$ 63,02 bilhões até outubro), a saída de recursos financeiros no mercado de capitais do país (-US$ 56,21 bilhões até outubro) também limitou a apreciação que o câmbio doméstico poderia ter com a exportação de produtos.


Balança comercial brasileira em 2024


Parte da fuga de recursos se deve à política do Federal Reserve (Fed), o BC americano, de manter taxas de juros mais elevadas, o que atrai o capital estrangeiro, contribuindo também para fortalecer ainda mais o dólar.

No segundo semestre, as eleições presidenciais dos Estados Unidos também geraram incertezas e volatilidade no valor da moeda americana. No início de novembro, a cotação do dólar alcançou os R$ 5,80, em meio à expectativa de que a política do governo eleito gere impactos negativos, no curto prazo, para a economia brasileira, com a criação de barreiras tarifárias para produtos importados do Brasil, por exemplo.

Já no fim de novembro, o anúncio de um pacote de medidas de corte de despesas pelo governo federal fez o dólar superar os R$ 6 por ser considerado insuficiente pelo mercado para um ajuste fiscal efetivo, que permita um controle da dívida pública brasileira.

A tendência se manteve nas primeiras semanas de dezembro, fazendo o dólar chegar a R$ 6,16 no dia 17 de dezembro, mesmo com a atuação do BC em leilões extraordinários para tentar conter a alta da moeda americana.

Impacto da volatilidade do dólar no comércio exterior brasileiro

A variação da cotação do dólar ao longo de 2024 teve impacto direto no comércio exterior do
Brasil, afetando diversos setores da economia. Apesar de o país ter mantido superávit comercial até novembro, a desvalorização do real frente ao dólar influenciou no aumento dos custos das importações e, com o barateamento das mercadorias nacionais voltadas à exportação, o avanço no faturamento das vendas externas foi mais contido.

Em termos de valor FOB, considerando os números de janeiro a novembro, houve aumento de 9,5% nas importações, que atingiram US$ 242,41 bilhões. O valor total das exportações também avançou, porém apenas 0,4%, totalizando US$ 312,27 bilhões. Com isso, a corrente de comércio cresceu 4,2%, chegando a US$ 554,69 bilhões.

A balança comercial, por sua vez, acumula resultado positivo de US$ 69,86 bilhões, um recuo de -22% em relação ao saldo do mesmo período de 2023. Um dos setores mais impactados com a conjuntura cambial, o agronegócio deve sofrer o primeiro recuo no valor total exportado no ano desde 2019.

Até novembro, as vendas do setor para o exterior recuavam 10,2% no valor na comparação com o mesmo período de 2023, embora a queda no peso líquido total exportado fosse de 8,4%.

Importações

No acumulado de janeiro a novembro de 2024, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, houve crescimento nas importações de todos os grandes setores em termos de valor, calculado sempre em dólar.

Na agropecuária, o avanço foi de 25,6%, totalizando US$ 5,18 bilhões. Na indústria extrativa, a expansão foi de 1,7%, chegando a US$ 15,45 bilhões. Já em indústria de transformação, a alta foi de 9,9%, somando US$ 220,12 bilhões.


Variação (%) nas importações brasileiras por setor

Comparação do período de janeiro a novembro de 2024 com igual intervalo de 2023


Exportações

Já nas exportações, ainda considerando o período de janeiro a outubro de 2024, em comparação com igual intervalo de 2023, houve queda de -10,2% no valor exportado pela agropecuária, que somou US$ 68,52 bilhões.

A indústria extrativa observou crescimento de 6,5% no valor, que chegou a US$ 75,94 bilhões. Já a indústria de transformação avançou 3%, alcançando US$ 166,18 bilhões.


Variação (%) nas exportações brasileiras por setor

Comparação do período de janeiro a novembro de 2024 com igual intervalo de 2023


Frete

Outro efeito direto da flutuação do dólar no comércio exterior está relacionado ao custo dos fretes, que utilizam a moeda americana como referência no mercado global e que já sofreram alta no ano em razão principalmente de fatores geopolíticos.

Eventos climáticos adversos como secas extremas que afetaram cursos de navios – como a ocorrida em Manaus – além de interrupções de rotas importantes como a do Mar Vermelho devido aos ataques dos Houthis – fizeram parte dos acontecimentos ocorridos este ano.

Estes cenários contribuíram para a oscilação da taxa do frete marítimo ao longo do ano, embora tenha passado a se estabilizar com a oferta global de navios porta-contêineres mais equilibrada.

De acordo com dados da Drewry, os preços de frete marítimo atingiram seu ponto mais baixo em 26 de
outubro de 2023, com o valor médio de US$ 1.342 por contêiner.

A partir de dezembro de 2023, houve um aumento acentuado nas taxas, que chegaram ao pico de US$ 5.937 dólares em 18 de julho de 2024 – representando mais que o triplo do valor distribuído no final de dezembro de 2023, quando a taxa era de aproximadamente US$1.700. Ao fim de novembro, o valor médio estava mais estabilizado em US$ 3.331.


Índice mensal de tarifas de frete de contêineres no mundo 2023-2024


Para o importador brasileiro, em fevereiro de 2024, o custo médio para receber um contêiner de 20 pés da China para o Brasil era, em média, de US$ 3.235. Já uma operação idêntica agendada para dezembro tem o valor médio de US$ 6.665, uma alta de 106%.

Nas rotas de importação dos Estados Unidos, a média do valor do contêiner de 20 pés subiu de US$ 988 em fevereiro para US$ 2.181 (+120,7%) nas operações agendadas para dezembro. Já o custo para recebimento de cargas da Alemanha saltou de US$ 587 para US$ 883 (+50,4%) no mesmo período.


Valor do frete marítimo para importação em 2024

Preço para recebimento de contêiner de 20 pés no Brasil, por origem


No caso das exportações, o preço do frete de uma carga brasileira para os Estados Unidos
também disparou. O envio de contêineres de 20 pés para os portos americanos foi de US$ 2.341
em fevereiro para US$ 7.110 (+203,7%) para as cargas que chegam ao destino em dezembro.

As remessas da mesma categoria para a Alemanha subiram de US$ 1.410 para US$ 2.246 (+59,3%) no mesmo período. Já o custo para expedição de contêineres para a China, por sua vez, aumentou de modo mais contido, de US$ 1.944, em fevereiro, para US$ 2.494 (+28,3%) no caso dos carregamentos agendados para dezembro. Mas considerando a valorização do dólar ao longo do ano, para as empresas que baseiam suas operações em reais, o aumento acaba multiplicado nos custos finais.


Valor do frete marítimo para exportação em 2024

Preço para envio de contêiner de 20pés a partir do Brasil, por destino


Principais parceiros comerciais do Brasil em 2024

Argentina

Entre janeiro e novembro de 2024, as exportações brasileiras para a Argentina apresentaram uma queda de 21,4%, totalizando US$ 12,48 bilhões. Já as importações aumentaram 11%, somando US$ 12,34 bilhões. Com isso, a balança comercial com o país vizinho registrou um superávit de US$ 148,6 milhões. A corrente de comércio totalizou US$ 24,82 bilhões, uma redução de 8% em relação ao mesmo período de 2023.redução de 8% em relação ao mesmo período de 2023.


Balança comercial Brasil/Argentina até novembro

Valor total de importações da Argentina feitas pelo Brasil e de exportações brasileiras para o país vizinho


China (inclui Hong Kong e Macau)

No mesmo período, as vendas brasileiras para a China, Hong Kong e Macau caíram 6,1%, alcançando US$ 90,86 bilhões. As importações cresceram 20,6%, totalizando US$ 59,4 bilhões. A balança comercial com a região registrou um superávit de US$ 31,46 bilhões, enquanto a corrente de comércio aumentou 2,9%, somando US$ 150,25 bilhões.


Balança comercial Brasil/China (com Hong Kong e Macau) até novembro

Valor total de importações de China, Hong Kong e Macau feitas pelo Brasil e de exportações brasileiras para o país asiático, incluindo as regiões administrativas especiais


Estados Unidos

De janeiro a novembro de 2024, as exportações para os Estados Unidos cresceram 7,1%, totalizando US$ 36,57 bilhões. As importações também aumentaram, subindo 6,9%, e alcançando US$ 37,36 bilhões. Nesse contexto, a balança comercial com os EUA registrou um déficit de US$ 788,6 milhões. A corrente de comércio entre os dois países foi de US$ 73,93 bilhões, marcando um crescimento de 8,1% em relação ao mesmo período de 2023.


Balança comercial Brasil/EUA até novembro

Valor total de importações dos Estados Unidos feitas pelo Brasil e de exportações brasileiras para o mercado americano


União Europeia

No período de janeiro a novembro de 2024, as exportações brasileiras para a União Europeia cresceram 6,5%, somando US$ 45,05 bilhões. As importações aumentaram 3,8%, totalizando US$ 43,51 bilhões. Como resultado, a balança comercial com o bloco europeu registrou um superávit de US$ 1,54 bilhões. A corrente de comércio totalizou US$ 88,57 bilhões, uma alta de 5,1% em relação ao ano anterior.


Balança comercial Brasil/UE até novembro

Valor total de importações da União Europeia feitas pelo Brasil e de exportações brasileiras para países do bloco econômico


Perspectivas para o comércio exterior em 2025

Neste fim de 2024, o mercado financeiro espera uma estabilidade maior da cotação da moeda americana frente ao real em 2025. A edição de 16 de dezembro do relatório Focus, divulgada pelo BC, mostra uma mediana de expectativas para o valor do dólar ao fim do próximo ano em R$ 5,85.

Ainda pela perspectiva do mercado financeiro brasileiro, a previsão é que o superávit comercial em 2025 recue ligeiramente em relação ao de 2024. A projeção mediana é de um saldo positivo de US$ 75 bilhões ao fim deste ano e de US$ 74,37 bilhões no ano que vem (-0,8%).

O cenário, no entanto, é bastante incerto, considerando a perspectiva de crescimento de economias como Estados Unidos e União Europeia. Em seu relatório World Economic Outlook, publicado no fim de outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI), prevê que as economias europeia e americana devem avançar, respectivamente, 1,2% e 2,2%, abaixo da média global, estimada em 3,2%.

Para o Brasil, a entidade projeta um avanço de 2,2% no Produto Interno Bruto (PIB) – as instituições financeiras consultadas para elaboração do mais recente relatório Focus, preveem um crescimento mais contido, de 2,01%.

Já a Argentina e a China, ainda de acordo com a análise dos economistas do FMI, devem experimentar crescimentos superiores à média global, de 5% e 4,5%, respectivamente.


Previsão de crescimento para 2025

Variação anual do PIB em %


A Organização Mundial do Comércio (OMC) estima um crescimento de 2,7% no PIB real global e de 3% no comércio internacional de mercadorias para 2025. Já a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês), considera incerta qualquer projeção para as trocas globais em 2025 em razão de riscos de tensões comerciais e desafios geopolíticos.

“A perspectiva comercial de 2025 é obscurecida por potenciais mudanças na política dos Estados Unidos, incluindo tarifas mais amplas que podem interromper as cadeias de valor globais e impactar os principais parceiros comerciais”, escrevem seus analistas em atualização recente.

“Essas medidas correm o risco de desencadear retaliações e efeitos cascata, afetando indústrias e economias ao longo de cadeias de suprimentos inteiras. Até mesmo a mera ameaça de tarifas cria imprevisibilidade, enfraquecendo o comércio, o investimento e o crescimento econômico”, acrescentam.

Conclusões

O ano de 2024 foi marcado por uma desvalorização acentuada do real frente ao dólar, moeda utilizada como referência no comércio internacional. Fatores externos e internos fizeram com que a moeda brasileira figurasse entre as que mais perderam valor no mundo.

Essa variação negativa da moeda brasileira ao longo do ano teve impacto direto no comércio exterior do país, afetando diversos setores da economia, em particular o agronegócio, que deve ter seu primeiro
recuo no valor total exportado após cinco anos.

Apesar de o país ter mantido superávit comercial até novembro, a desvalorização do real frente ao dólar influenciou no aumento dos custos das importações e, com o barateamento das mercadorias nacionais voltadas à exportação, o avanço no faturamento das vendas externas foi mais contido.

Para o próximo ano, o mercado financeiro prevê uma estabilidade maior do câmbio, mas ainda assim há uma perspectiva de retração no superávit comercial brasileiro.

O baixo crescimento na atividade econômica estimado para importantes parceiros comerciais como Estados Unidos e União Europeia pode ser um fator a contribuir com esse resultado negativo.

Referências

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