Brasil deve manter condição de importador de derivados de petróleo por pelo menos mais dez anos, diz estudo

outubro 9, 2024

Brasil deve manter condição de importador de derivados de petróleo por pelo menos mais dez anos, diz estudo
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O Brasil deve permanecer como importador líquido de derivados de petróleo pelo menos pelos próximos dez anos, com destaque para a compra de óleo diesel, nafta e querosene de aviação (QAV). A projeção consta de um estudo publicado esta semana pelo pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O documento, intitulado Caderno de Abastecimento de Derivados de Petróleo do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), visa fornecer “uma base sólida de dados e análises preditivas detalhadas sobre o segmento de refino de petróleo, as perspectivas para importação e exportação de petróleo, para oferta e dependência externa de derivados e seus impactos para o abastecimento nacional”, segundo nota publicada no site do ministério.

De acordo com o caderno, a capacidade nacional de refino de petróleo será ampliada em 7% entre 2024 e 2034, resultado de investimentos previstos no setor, como a ampliação do 1º trem e a conclusão do 2º trem da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca (PE), e o projeto Complexo e Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ).

Por outro lado, no mesmo período, o Brasil deve ampliar sua condição de exportador de petróleo bruto, com volume total passando de mais de 3 bilhões de barris por dia, contra os atuais pouco menos de 2 bilhões de barris por dia.

Dados

Conforme dados consolidados pela Logcomex, no período de janeiro a agosto deste ano, o volume total de petróleo bruto exportado (NCM: 2709.00.10) teve alta de 20,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor FOB chegou US$ 31,6 bilhões nos oito primeiros meses do  ano, avanço de 21,1% na comparação com 2023.

O Brasil é hoje o sétimo maior produtor mundial de petróleo e o oitavo maior consumidor de derivados. Em 2023, país Brasil exportou cerca de 1,6 milhão de barris por dia, o que coloca o país entre os 10 maiores exportadores de petróleo do mundo.

Em relação à transição energética, o documento aponta que, ainda que projeções indiquem aumento da oferta e da demanda de derivados de petróleo no Brasil, são esperados avanços em ações de descarbonização de refinarias nacionais e da infraestrutura logística de petróleo e derivados.


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