Empresas dos setores alimentício e de bebidas planejam investir R$ 120 bilhões no Brasil até 2026, segundo um mapeamento feito pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).
O montante considera planos de gigantes nacionais, como processadoras de carnes, e de multinacionais de produtos alimentícios e soft drinks.
Do total, R$ 75 bilhões serão destinados à expansão da capacidade de produção das empresas, enquanto o restante vai para pesquisa e desenvolvimento.
Só uma empresa do ramo de proteína animal pretende aportar R$ 15 bilhões, principalmente no Mato Grosso, para ampliar a capacidade de produção de proteínas animais.
Já uma multinacional pretende concluir a construção de uma fábrica de ração em Vargeão (SC), ao custo de R$ 1 bilhão, até 2025, além de expandir a fábrica de chocolates em Caçapava (SP) e a unidade de cafés em Araras (SP).
Os investimentos refletem o bom momento vivido pelo setor desde a retomada econômica pós-pandemia. Com o reaquecimento, já em 2023 o Brasil superou os Estados Unidos e tornou-se o maior exportador de alimentos industrializados.
Segundo dados da Logcomex, houve uma variação positiva de 25% no volume total exportado nos seis primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, considerando a divisão ISIC de fabricação de produtos alimentícios.
Já no segmento de bebidas não alcoólicas, o Brasil, que já está entre os dez maiores mercados em termos globais, pode se tornar uma futura liderança na expansão do setor, segundo a IWSR, referência mundial em dados e insights sobre a indústria global de bebidas.
De acordo com estimativa da consultoria Euromonitor, o consumo de bebidas não alcoólicas no Brasil, estimado em 19,68 bilhões de litros em 2020, deve chegar em 2024 a 21,63 bilhões, alta de quase 10%.