Operadora portuária chinesa promete novos investimentos no Terminal de Contêineres de Paranaguá

novembro 14, 2024

Operadora portuária chinesa promete novos investimentos no Terminal de Contêineres de Paranaguá
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A Portos do Paraná, empresa pública que administra os portos de Paranaguá e Antonina, assinou uma carta de intenções com a China Merchants Port Holdings (CMPort), acionista controladora do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP).

O documento, firmado na cidade chinesa de Shenzhen, prevê, entre outros pontos, colaboração comercial, construção de portos verdes e inteligentes, aplicação de novas tecnologias, intercâmbio de pessoal para troca de experiências e cooperação técnica sobre a agenda ESG.

Durante a cerimônia de assinatura da carta, foram discutidos ainda planos de ampliar as relações logísticas entre os dois países, além de fomentar novos investimentos chineses em ativos portuários brasileiros.

A próxima etapa do acordo de cooperação é a discussão de um plano de trabalho para aplicação da carta de intenções.

A China é o principal parceiro do comércio exterior do Paraná. De acordo com dados da Logcomex, do total de US$ 18,2 bilhões (FOB) em exportações do estado realizadas entre janeiro e outubro de 2024, US$ 5,2 bilhões (39%) foram destinados ao país asiático. O Porto de Paranaguá respondeu por 67% dessas remessas.

Os principais produtos paranaenses exportados para a China nos dez primeiros meses de 2024 foram:

  • Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura (NCM 1201.90.00) – US$ 4,3 bi (FOB);
  • Pedaços e miudezas, comestíveis de galos/galinhas, congelados (NCM 0207.14.00) – US$ 418,8 mi (FOB);
  • Pés e patas de galinha, comestíveis, congelados (NCM 0207.14.34) – US$ 66,2 mi (FOB);
  • Asas não desossadas de galinha, comestíveis, congelados (NCM 0207.14.13) – US$ 65,0 mi (FOB);
  • Carnes desossadas de bovino, congeladas (NCM 0202.30.00) – US$ 63,3 mi (FOB).

Já entre o total de US$ 14,4 bilhões (FOB) em mercadorias importadas pelo Paraná no mesmo período, US$ 3,2 bilhões (26%) referem-se a cargas que vieram da China, 77% desembaraçadas na unidade da Receita Federal do Porto de Paranaguá.

Os principais produtos chineses importados pelo Paraná entre janeiro e outubro deste ano foram:

  • Células fotovoltaicas montadas em módulos ou em painéis (NCM 8541.43.00) – US$ 167,8 mi (FOB);
  • Outros adubos/fertilizantes minerais químicos, com nitrogênio e fósforo (NCM 3105.59.00) – US$ 158,6 mi (FOB);
  • Outros herbicidas apresentados de outro modo (NCM 3808.93.29) – US$ 138,6 mi (FOB);
  • Sulfato de amônio (NCM 3102.21.00) – US$ 106,8 mi (FOB);
  • Inseticida à base de acefato ou de Bacillus thuringiensis, apresentado de outro modo (NCM 3808.91.91) – US$ 100,6 mi (FOB);
  • Pneumáticos novos, de borracha, dos tipos utilizados em automóveis de passageiros (incluindo os veículos de uso misto (station wagons) e os automóveis de corrida) (NCM 4011.10.00) – US$ 76,1 mi (FOB).

Desde 2019, a Portos do Paraná realizou cinco leilões para angariar cerca de R$ 4 bilhões em melhorias para o Porto de Paranaguá. Mais três leilões de terminais estão previstos para os próximos anos, com um valor total projetado de R$ 2 bilhões em investimentos.

Outra oportunidade apresentada é a da concessão do canal de acesso do Porto de Paranaguá, um projeto inédito no país, que abrangerá a ampliação, manutenção e exploração do acesso aquaviário ao complexo pelo prazo de 25 anos.

A CMPort, empresa de capital misto com participação do governo chinês e uma das maiores operadoras globais de terminais de contêineres, passou a controlar o TCP em março de 2018.


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