Confiança Industrial sobe em maio após dois meses de queda

19 de maio de 2025

Confiança Industrial sobe em maio após dois meses de queda
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Após dois meses de queda, o índice de confiança da indústria apresentou alta em maio, refletindo uma leve melhora no sentimento dos empresários, embora ainda permaneçam pessimistas. A pesquisa, divulgada pela Agência Brasil – realizada com 1.175 empresários entre os dias 5 e 9 de maio, dos quais 443 são de pequeno porte, 451 de médio porte e 281 de grande porte – aponta para discretos sinais de recuperação e uma nova dinâmica no setor.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) subiu para 48,9 pontos em maio, alta em relação aos 48 pontos registrados em abril. O índice, no entanto, mantém-se abaixo da média histórica de 53,8 pontos.

A matéria publicada destaca que os empresários do setor industrial estão retomando o otimismo aos poucos, após o período de incertezas registrado nos meses anteriores. O avanço em maio sugere uma resposta positiva ao ambiente econômico, marcado por pressões inflacionárias e incertezas que afetaram a produção. 

Segundo a CNI, um dos componentes do Icei, o Índice de Condições Atuais, que mede a percepção atual sobre a economia e a própria empresa, subiu de 42,7 pontos em abril para 44 pontos em maio. Abaixo da linha de 50 pontos desde janeiro de 2023, o indicador vinha caindo desde setembro do ano passado.

Os movimentos indicam reversão parcial em relação à deterioração das expectativas desde o fim de 2024. O Índice de Expectativas, que avalia as perspectivas para os próximos seis meses, avançou de 50,7 para 51,3 pontos. 

Esse indicador é composto por dois componentes: a previsão de desempenho da própria empresa e a expectativa para a economia. A confiança na própria companhia permaneceu relativamente estável, passando de 55,5 pontos em abril para 55,8 pontos em maio, indicando uma manutenção do otimismo empresarial. 

Já a expectativa para a economia apresentou melhora de 41,1 pontos para 42,5 pontos, embora ainda permaneça abaixo da linha que separa o otimismo do pessimismo, sinalizando cautela entre os empresários quanto ao cenário macroeconômico.

Os dados indicam que, mesmo que o ganho no índice seja modesto, ele representa uma sinalização de resiliência entre os industriais. Ao ressaltar essa evolução, a pesquisa enfatiza que o retorno da confiança deve ser monitorado de perto, considerando o papel de variáveis como câmbio, custos energéticos e a demanda externa.

Embora a alta do índice seja um sinal positivo, os empresários permanecem atentos aos desafios estruturais e às oscilações do mercado que continuam influenciando a produção industrial.


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