Luvas não cirúrgicas importadas têm antidumping aplicado por 5 anos

outubro 22, 2024

Luvas não cirúrgicas importadas têm antidumping aplicado por 5 anos

Mais uma medida que visa a proteção da indústria brasileira, foi aplicada. Desta vez, refere-se à tarifa antidumping sobre luvas não cirúrgicas importadas da China, Malásia e Tailândia, com sobretaxas que variam de US$1,86 a US$33,52 por mil unidades, de acordo com a Câmara de Comércio Exterior (Camex).

A medida é válida pelos próximos cinco anos e tem como objetivo proteger os produtores nacionais contra práticas desleais, onde produtos são comercializados a preços abaixo do custo de produção.

Com a decisão, as indústrias brasileiras poderão se reestruturar e recuperar margens de lucro, antes pressionadas pelos baixos preços dos produtos asiáticos. 

Para o mercado, isso representa um ganho de competitividade interna, com a possibilidade de mais investimentos em tecnologia e inovação na produção nacional. 

Além disso, a redução da pressão externa pode fomentar a colaboração entre fornecedores e distribuidores nacionais, fortalecendo a cadeia de valor local.

Dados do comércio global

De acordo com a Logcomex, em relação às importações oriundas da China, Malásia e Tailândia, de janeiro a setembro de 2024, houve aumento de 12% no valor FOB importado de outras luvas de borracha vulcanizada, não endurecida (NCM 4015.19.00), saindo de US$43,7 milhões no período analisado em 2023, para US$49 milhões no mesmo período de 2024.

O peso importado em– Kg líquido – de janeiro a setembro de 2023, foi de 10,6 mil toneladas, enquanto no mesmo período de 2024 a quantidade foi de 13 mil toneladas, representando um aumento de 21% em comparação ao ano anterior.

O aumento nas importações reflete a maior demanda por equipamentos de proteção no mercado brasileiro, principalmente por setores como saúde, indústrias químicas e de alimentos, que buscam o reforço de medidas de segurança para os colaboradores.

Além disso, a tendência acompanha o movimento do comércio global em fortalecer a cadeia de suprimentos relacionada a itens essenciais, como equipamentos médico-hospitalares.

Ranking dos principais exportadores de luvas não cirúrgicas para o Brasil

  • 1º lugar:  China – valor FOB de US$18,7 milhões (38%)
  • 2º lugar– Tailândia com valor FOB de US$17 milhões (35%)
  • 3º lugar – Malásia com valor FOB de US$13,4 milhões (27%).

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O estado de Santa Catarina (SC) ocupou o primeiro lugar como principal importador da NCM 4015.19.00, com valor FOB de US$39 milhões (79%).

As regiões sudeste e sul, representadas por São Paulo (SP) e Paraná, respectivamente, também aparecem no ranking.

São Paulo (SP) aparece em segundo lugar com valor FOB de US$3,1 milhões (6%) e o Paraná (PR) em terceira posição com valor FOB de US$3 milhões (6%).

Já em relação às principais unidades de desembaraço aduaneiro, o ranking é o seguinte:

  • 1º lugar: Itajaí – FOB: US$18 milhões (37%)
  • 2º lugar: Porto de São Francisco do Sul – FOB: US$15,4 milhões (31%)
  • 3º lugar: Porto de Santos – FOB: US$7,7 milhões (16%).

Conclusão

A implementação da tarifa antidumping sobre luvas não cirúrgicas provenientes da China, Malásia e Tailândia é uma medida estratégica para proteger a indústria nacional e equilibrar a concorrência no mercado interno. 

Com essa decisão, espera-se que os produtores brasileiros possam melhorar suas margens de lucro e investir em tecnologia e inovação, fortalecendo a cadeia produtiva local. 

Além disso, a redução da pressão causada por produtos estrangeiros a preços desleais deve abrir espaço para colaborações mais robustas entre fornecedores e distribuidores nacionais, promovendo um ambiente mais sustentável e competitivo para o setor de saúde no Brasil.


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