As importações brasileiras dos Estados Unidos avançaram 9,9% nos primeiros cinco meses de 2025, totalizando US$ 17,7 bilhões, crescimento praticamente duas vezes maior que o das exportações, que subiram 5% e somaram US$ 16,7 bilhões.
O déficit comercial do Brasil com os EUA alcançou US$ 1 bilhão no período, segundo dados da edição especial de maio do Monitor do Comércio Brasil-EUA, elaborado pela Amcham Brasil.
Em maio, no entanto, o Brasil obteve melhor desempenho: as exportações alcançaram US$ 3,6 bilhões, aumento de 11,5% na comparação anual, enquanto as importações recuaram 5,2%.
O volume embarcado também cresceu 16,8%. Entre janeiro e maio, 79% das exportações brasileiras para os EUA foram de bens industriais, como aeronaves, combustíveis e alimentos processados. Produtos como carne bovina (+196%), sucos de frutas (+96,2%), café (+42,1%) e aeronaves (+27%) lideraram os avanços.
Alguns setores, entretanto, registraram queda nas vendas, como celulose, ferro-gusa e equipamentos de engenharia. A combinação entre tarifas de até 10% e a concorrência de países com acesso preferencial aos EUA contribuiu para esse desempenho.
Destaca-se ainda o aumento recente da tarifa para exportações de bens de aço, elevada para 50% em 4 de junho, o que tende a afetar a competitividade brasileira nos próximos meses.