O Brasil registrou um fluxo comercial – soma de importações e exportações no período – de US$ 38,8 bilhões com a China no primeiro trimestre de 2025. Segundo dados da Logcomex, as importações provenientes da China somaram US$19,05 bilhões entre janeiro e março de 2025, um aumento de 35% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o valor foi de US$14,12 bilhões.
Ainda segundo a Logcomex, as exportações brasileiras alcançaram US$ 19,8 bilhões, registrando recuo de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da redução no valor, o volume físico exportado manteve-se relativamente estável, com ligeira redução de 1,4% no peso líquido (saindo de 90,52 para 89,24 milhões de toneladas).
A soja continua sendo o principal produto exportado, com US$ 6,67 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Já o petróleo e o minério de ferro apresentaram quedas de 25% cada, refletindo a desvalorização das commodities. Um destaque positivo foi o crescimento da exportação de carnes impulsionado pela habilitação de 38 novas plantas frigoríficas para o mercado chinês em 2024.
Nas importações, o setor de produtos informáticos, eletrônicos e ópticos liderou com US$3,07 bilhões (+2%), seguido por produtos químicos com US$2,69 bilhões (+27%) e máquinas e equipamentos com US$2,7 bilhões (+30%).
O Estado de São Paulo (SP) liderou as importações da China com 37% do total das operações, seguido por Santa Catarina (21%) e Amazonas (9%). Nas exportações, Minas Gerais responde por 15%, seguido por Mato Grosso e Rio de Janeiro (12% cada). O Porto de Santos permanece como principal canal comercial para ambos os fluxos.
A queda nas exportações em valor, mas com volume físico praticamente estável, indica que a redução se deve principalmente à variação de preços das commodities, mantendo-se o fluxo comercial em termos de volume.
A composição da pauta de importações mostra forte presença de produtos industrializados, enquanto nas exportações, além das tradicionais commodities, destaca-se o crescimento do setor de carnes, o que sugere alguns ajustes no perfil da relação comercial bilateral.