A Confederação Nacional da Indústria (CNI) posicionou-se contra o aumento de impostos para o setor produtivo como estratégia de reequilíbrio fiscal. O presidente da entidade, Ricardo Alban, criticou o recente aumento das alíquotas do IOF e apresentou alternativas para aumentar a arrecadação sem prejudicar a indústria.
A CNI propõe maior tributação sobre apostas online, avanço na reforma administrativa, gestão racional dos gastos públicos e modernização das leis trabalhistas como medidas fiscais alternativas.
Segundo Alban, nos últimos dois anos, o governo federal já arrecadou R$ 170 bilhões por meio de medidas arrecadatórias extraordinárias, incluindo receitas extras e mudanças em impostos.
As principais confederações que representam setores produtivos – CNI, Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Confederação Nacional do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) – entregaram ao presidente Lula, durante encontro em Paris, propostas para promover o equilíbrio fiscal do país.
Dados do IBGE revelam que a indústria foi o único dos principais setores econômicos a registrar retração no primeiro trimestre de 2025, com queda de 0,1% em relação ao trimestre anterior, enquanto o PIB nacional cresceu 1,4% no mesmo período. O setor industrial atribui esse desempenho negativo a fatores como juros elevados e aumento das importações.
O posicionamento da CNI surge em momento de debate sobre novas medidas fiscais, com o governo avaliando alternativas ao aumento do IOF.