O governo norte-americano deu um passo estratégico para conter a crescente influência da China no transporte marítimo global. Por meio de um novo decreto, foi determinada a elaboração de um plano nacional para revitalizar a indústria de construção naval e fortalecer a força de trabalho marítima do país.
As diretrizes devem ser apresentadas em até sete meses por uma força-tarefa liderada pelo assessor de Segurança Nacional, em parceria com outras agências federais.
A iniciativa ocorre em meio à dominância chinesa no setor. A China é hoje responsável por cerca de 70% dos pedidos globais de novos navios e detém larga vantagem na fabricação de contêineres e guindastes portuários.
Segundo autoridades americanas, essa concentração pode representar um risco estratégico de longo prazo, similar à influência exercida pelos EUA no sistema financeiro internacional.
Além disso, o plano prevê investimentos em infraestrutura portuária e estudos sobre tarifas a navios e equipamentos de origem chinesa. Medidas adicionais ainda estão sob avaliação, diante de críticas do setor privado sobre o possível impacto nos custos operacionais.