A indústria alimentícia brasileira continua a surpreender no comércio exterior em 2024, batendo recordes de exportação. No primeiro semestre deste ano, o setor somou US$ 32,2 bilhões na venda de alimentos industrializados para o exterior, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).
Segundo dados da Logcomex, houve uma variação positiva de 25% no volume total exportado nos seis primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, considerando a divisão ISIC de fabricação de produtos alimentícios.
Conhecido historicamente como um dos principais produtores de commodities do mundo, o Brasil já havia se tornado em 2023 o maior fornecedor global de alimentos industrializados, superando os Estados Unidos em volume exportado. Ao todo, foram 72,1 milhões de toneladas escoadas para outros países, segundo a Abia.
Levantamento do Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou ainda que 77% dos produtos exportados pelo agronegócio brasileiro no ano passado foram industrializados.
Em termos de valor, o estudo revelou que 50,7% das exportações feitas pelo setor agropecuário em 2023 foi de produtos industrializados. Ou seja, de cada US$ 100 exportados pelo agronegócio, US$ 50,7 foram de produtos da indústria de transformação.
O desempenho da indústria alimentícia no ano passado representou um crescimento de 11,4% em relação a 2022, e de 51,8% em relação a 2019, segundo a Abia, indicando um avanço sustentado no longo prazo.
Os resultados impactam diretamente a balança comercial brasileira. O valor exportado pelo setor em 2023 correspondeu a 18% de todas as exportações brasileiras no ano. Ainda de acordo com a Abia, 23% do que foi produzido pela indústria de alimentos no Brasil foi exportado.