O Brasil está a caminho de se tornar líder mundial na exportação de óleo de amendoim, conforme previsto por analistas do setor. Dados da Logcomex para o primeiro quadrimestre de 2025 revelam que as exportações brasileiras do produto em bruto para a China atingiram US$ 44,7 milhões, representando um aumento extraordinário de 235% em valor quando comparado ao mesmo período de 2024, quando as vendas somaram US$ 13,3 milhões.
Em termos de volume, o crescimento é ainda mais expressivo. O país exportou 28,2 mil toneladas do produto nos primeiros quatro meses de 2025, volume 266% superior aos 7,7 mil toneladas registrados no mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Logcomex.
O estado de São Paulo domina completamente este comércio, sendo responsável por 96% das exportações de óleo de amendoim bruto para a China no período analisado, equivalente a aproximadamente US$ 43,1 milhões. Minas Gerais responde pelos 4% restantes, com exportações no valor de US$ 1,6 milhão. O crescimento confirma projeções do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) citadas pela Gazeta Hora1, que indicavam que o Brasil poderia assumir a liderança global na exportação deste produto em 2025.
Um dado que chama atenção na análise mensal das exportações é o comportamento dos preços médios por quilograma do produto. Em 2025, o preço médio registrado nos quatro primeiros meses foi de US$ 1,58 por quilo, representando uma redução em relação ao preço médio de US$ 1,73 observado no mesmo período de 2024. Esta queda de 8,7% no preço médio alinha-se com alertas de especialistas da consultoria Itaú BBA sobre um possível recuo nos preços internacionais, conforme reportado pela Gazeta Hora1.
Com a redução no preço médio, o expressivo aumento no volume exportado garantiu resultados financeiros significativamente superiores para o setor. O desempenho excepcional do setor é reflexo direto do aumento na produção nacional de amendoim. De acordo com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) citadas pela Gazeta Hora1, a safra 2024/25 deve ultrapassar 1,18 milhão de toneladas, o que representa um crescimento de 60,3% em relação à safra anterior. Este aumento é resultado tanto da expansão da área plantada em 10% quanto do ganho de 47% na produtividade.
A análise mensal dos dados de 2025 mostra uma tendência de crescimento das exportações nos primeiros meses do ano. Janeiro registrou o maior valor com US$ 5,4 milhões em vendas, seguido por fevereiro com US$ 1,6 milhão. Os meses de março e abril apresentaram volumes mais expressivos com US$ 12,6 milhões e US$ 25 milhões, respectivamente, conforme mostram os gráficos do relatório da Logcomex.
Este padrão de crescimento progressivo ao longo dos meses indica um aumento contínuo da capacidade exportadora brasileira no primeiro quadrimestre de 2025, possivelmente refletindo o amadurecimento da safra e o processamento gradual da produção.