O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentou um crescimento de 1% no último trimestre de 2024, superando as expectativas dos analistas econômicos.
No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 2,5%, e o país está entre os que mais cresceram no mundo. Os destaques foram os setores de serviços, que subiu 1%, e a indústria, com um crescimento de 1,8%.
Esse desempenho ocorre mesmo em um cenário global marcado por incertezas, incluindo tensões geopolíticas e flutuações no comércio internacional.
Com base nos dados da Balança Comercial Preliminar Parcial do Mês, as exportações de celulose, que registraram um aumento expressivo de 43%, e de plataformas de embarcações, com um crescimento de 13.949%, desempenharam um papel crucial no resultado positivo.
No entanto, o agronegócio tem enfrentado desafios que preocupam o mercado e podem limitar o potencial de crescimento nos próximos meses.
As exportações de milho caíram 44% e as de soja recuaram 11%, impactadas por uma combinação de fatores climáticos adversos e a volatilidade do mercado global.
Os problemas enfrentados pelo agronegócio brasileiro não são novos, mas ganham destaque em um momento em que o setor tem sido pressionado por condições climáticas imprevisíveis.
Exportações e importações
Além dos aumentos mencionados, outros produtos também apresentaram um bom desempenho:
- Óleos combustíveis (exceto óleos brutos): o setor teve um aumento de 58%, também com base no valor FOB, impulsionando o crescimento da Indústria de Transformação.
- Óleos brutos de petróleo: apresentou um crescimento de 11%.
No campo das importações, pode-se citar:
- Medicamentos: o aumento de 64% nas importações reflete a maior demanda no mercado interno por produtos farmacêuticos.
- Óleos brutos de petróleo: a queda de 25% nas importações deste item sugere ajustes na produção doméstica, possivelmente decorrentes de um aumento na capacidade de refino local ou de uma menor dependência externa.
A queda de 9% nas exportações de minério de ferro, outro produto chave da pauta de exportação brasileira, indica que o setor de mineração também está sob pressão, seja por conta da demanda internacional reduzida ou de flutuações nos preços das commodities.