A guerra comercial entre Estados Unidos e China esquentou ainda mais. Após o governo Biden impor tarifas de até 104% sobre veículos elétricos chineses, a China respondeu elevando de 34% para 84% as tarifas adicionais sobre produtos norte-americanos — medida que entrou em vigor nesta quinta-feira (10).
O anúncio também incluiu sanções a 18 novas empresas dos EUA, principalmente do setor de defesa, somando-se a outras 60 empresas já afetadas anteriormente. O governo chinês classificou a ação dos EUA como “erro atrás de erro” e um ataque ao comércio multilateral.
Enquanto isso, o Brasil segue atento. Dados da Logcomex mostram que as importações brasileiras da China cresceram no 1º trimestre de 2025:
- Volume: 6,9 milhões de toneladas (+36% YoY)
- Valor FOB: US$ 19,05 bilhões (+35% YoY)
Destaques por NCM:
- Veículos elétricos (87038000): queda de 79% em valor e 73% em volume;
- Células fotovoltaicas (85414300): queda de 32% em valor, mas aumento de 13% em volume;
- Unidades de ar-condicionado (84159090) e sulfato de amônio (31022100): altas de 44% e 51% em valor FOB, respectivamente.
Setores ISIC com maior crescimento:
- Máquinas e equipamentos: +30%
- Produtos químicos: +27%
- Transporte: +1.683%
Portos e destinos:
As principais entradas das mercadorias ocorrem nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Itajaí, com São Paulo e Santa Catarina como os maiores destinos logísticos.