Balança comercial: entenda a movimentação de setembro 2024

outubro 10, 2024

Balança comercial: entenda a movimentação de setembro 2024

balança comercial de setembro de 2024, registrou um discreto aumento de 0,3% nas exportações, somando US$ 28,79 bilhões, em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Já em relação às importações, houve crescimento de 19,9%, totalizando US$ 23,43 bilhões. O superávit registrado no mês foi de US$5,36 bilhões, apresentando queda de 41,6%, e a corrente de comércio aumentou 8,2%, alcançando US$52,21 bilhões. De acordo com a Logcomex:

Entenda o cenário das importações em alguns setores fabris

Fabricação de produtos químicos básicos, fertilizantes e compostos nitrogenados, plásticos e borracha sintética em formas primárias

Registrou aumento de  28% no FOB importado, saindo de US$ 3 bilhões em 2023, para US$ 3,9 bilhões em 2024. O peso importado também apresentou aumento de 19% em sua variação, comparado com o mesmo período de 2023, saindo de 5,4 para 6,4 megatoneladas em setembro deste ano.

Fabricação de produtos petrolíferos refinados

Apresentou redução de 2% na variação do FOB importado, saindo de US$ 1,53 bilhão em 2023 para US$ 1,51 bilhão em 2024.

A variação do peso em Kg líquido aumentou 19% em comparação com o mesmo período do ano anterior, saindo de 2,15 para 2,56 megatoneladas.

Fabricação de máquinas de uso geral

Apresentou uma aumento de 18% no valor FOB importado em setembro deste ano, em comparação com o ano anterior. A variação do peso em Kg líquido também aumentou 27%, saindo de 103,1 em setembro de 2023, para 131,4 toneladas no mesmo período em 2024.

Já em relação a outros setores (importação):

  • Agropecuária: crescimento de 18,9% (total US$ 0,46 bilhão);
  • Indústria extrativa: aumento de 45,9% (total US$ 1,55 bilhão);
  • Indústria de transformação: crescimento de 18,5% (total de US$21,24 bilhões).

Conheça as principais NCMS importadas em setembro

Os valores a seguir, demonstram o comparativo entre setembro de 2023 e 2024.

  • NCM: 2710.19.21 – Gasóleo (Óleo Diesel)
    Valor FOB: US$ 876 milhões (+3%) | Peso em Kg líquido: 1,3 megatoneladas (+40%);
  • NCM: 2709.00.10 – Óleos brutos de petróleo
    Valor FOB: US$ $717 milhões (+5%) | Peso em Kg líquido: 1,1 megatoneladas (+14%);
  • NCM: 8411.91.00 – Partes de turborreatores ou de turbopropulsores
    Valor FOB: US$$446,6 (54%) | Peso em Kg líquido: 25,8 toneladas (+38%);
  • NCM: 2711.11.00 – Gás natural liquefeito
    Valor FOB: US$ $384 milhões (+1,059%) | Peso em Kg líquido: 588,5 megatoneladas (+825%);
  • NCM: 3104.20.90 – Outros cloretos de potássio
    Valor FOB: US$ 299 milhões (-16%) | Peso em Kg líquido: 1,1 megatoneladas (-4%).

Balança comercial: Quais são os países exportadores para o Brasil?

Confira o ranking com os países que exportaram para o Brasil em setembro de 2024 e movimentaram a balança comercial:

  • China – Valor FOB: US$ 5,7 bilhões (31%)
  • Estados Unidos da América (EUA) – Valor FOB: US$ 3,9 bilhões (20%)
  • Argentina 1,2 (7%)

Já em relação aos estados brasileiros importadores, podemos citar:

  • São Paulo (SP) – Valor FOB US$ 6,7 bilhões (29%)
  • Santa Catarina (SC) – Valor FOB US$ 2,9 bilhões (12%)
  • Rio de Janeiro (RJ) – Valor FOB US$ 2,6 bilhões (11%)
  • Paraná (PR) – Valor FOB US$ 1,7 bilhão (8%)

E entre as principais unidades de desembaraço aduaneiro, destacaram-se:

  • Porto de Santos – FOB: US$ 6,7 bilhões (31%)
  • Porto de Paranaguá -FOB: US$ 1,7 bilhão(8%)
  • Aeroporto Internacional de Viracopos – FOB: US$ 1,4 bilhão (7%)
  • Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos – FOB: US$ 1,4 bilhão (6%)

Modais utilizados nas importações brasileiras

Outro ponto interessante está relacionado com os modais utilizados nas operações que movimentaram a balança comercial em setembro:

  1. Marítimo – 75%
  2. Aéreo – 19,4%
  3. Rodoviário -4,5%

Dados das exportações brasileiras em setembro de 2024

Em setembro de 2024, a Indústria de Transformação se destacou devido ao alto desempenho.

Em relação aos produtos exportados, açúcares, melaços, carne bovina e celulose fazem parte da lista.

Já em relação aos destinos,  as vendas brasileiras para os mercados da África (47,5%) , Oriente Médio (36,6%) e Argentina (+25,4%) cresceram expressivamente.

Veja mais números:

  • Agropecuária: queda de -12,1% (total US$ 5,75 bilhões);
  • Indústria extrativa: redução de -19,8% (total S$ 6,22 bilhões);
  • Indústria de transformação: crescimento de 16,8% (total de US$16,61 bilhões).

Conclusão

Esse movimento da balança comercial reforça a importância da diversificação e modernização das cadeias produtivas, uma vez que setores-chave, como o de produtos químicos e máquinas de uso geral, tiveram crescimento nas proximidades, revelando uma dependência ainda maior de insumos e tecnologias estrangeiras.

Uma análise por setor e NCMs reforça a relevância de países como China e EUA na quantidade de produtos no Brasil, enquanto a diversificação dos modais de transporte continua a ser essencial para otimizar o fluxo de mercadorias.

O aumento da corrente de comércio, que alcançou US$ 52,21 bilhões, demonstra que, apesar dos desafios, o comércio exterior brasileiro segue aquecido, com fortes movimentos tanto de importações quanto de exportações.


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