As importações brasileiras de trigo recuaram significativamente em maio de 2025, com queda de 45% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nos primeiros 11 dias úteis do mês foram adquiridas 359.360 toneladas do cereal, evidenciando uma desaceleração no ritmo de compras internacionais.
No cenário doméstico, a situação é igualmente desafiadora. As perspectivas para a nova safra apontam para uma redução na área plantada: o Paraná já estimou retração de 22%, enquanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma redução de 11,7% na área nacional.
No Rio Grande do Sul, principal produtor, a Emater prevê recuo de 18%, limitando o cultivo a aproximadamente 1,1 milhão de hectares.
Segundo a Conab, para alcançar a projeção de 8,2 milhões de toneladas de produção nacional, será necessário um clima excepcionalmente favorável durante todo o ciclo.
O cenário contrasta com os principais produtores mundiais: China lidera com produção de 140,1 milhões de toneladas na safra 2024/2025, seguida pela União Europeia, com 121 milhões de toneladas.