Impacto da tarifa de 50% dos EUA sobre exportações brasileiras
As medidas tarifárias anunciadas por Donald Trump representam um choque sem precedentes para o comércio bilateral Brasil-EUA.
A alíquota de 50% sobre produtos brasileiros, programada para entrar em vigor em 1º de agosto, coloca em risco imediato o fluxo comercial entre as duas nações, ameaçando especialmente setores estratégicos da economia nacional.
A magnitude da tarifa, muito superior aos 10% inicialmente esperados, praticamente inviabiliza a competitividade das exportações brasileiras no mercado americano.
Segundo a Associação Brasileira de Exportadores, a medida atinge duramente o setor de manufaturados, que já sofre com o “Custo Brasil” e agora enfrentará barreiras proibitivas para acessar o segundo maior mercado comprador de produtos nacionais.
No setor de carnes, os números são alarmantes. O preço médio atual de US$ 5.732 por tonelada saltaria para aproximadamente US$ 8.600 com a sobretaxa, tornando as exportações economicamente inviáveis.
Produtores já avaliam redirecionar volumes para outros mercados como China, Hong Kong e Emirados Árabes, o que poderia gerar excedente no mercado doméstico e pressionar preços internos.
Mercosul e Efta concluem acordo de livre comércio
O Mercosul finalizou as negociações para um acordo de livre comércio com o Efta (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), conforme anunciado por integrantes do governo brasileiro. O vice-presidente suíço, Guy Parmelin, viajará a Buenos Aires para formalizar o acordo durante a 66ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, nesta quinta-feira (3).
Balança comercial registra menor superávit para junho em 6 anos
A balança comercial brasileira apresentou superávit de US$ 5,889 bilhões em junho, queda de 6,9% em relação ao mesmo período de 2024, representando o pior resultado para o mês desde 2019. O desempenho foi pressionado pela queda nos preços de commodities e pelo aumento das importações, que cresceram 3,8%, enquanto as exportações avançaram apenas 1,4%.