Brasil pressiona México por mais espaço na importação de carne suína após tarifas dos EUA

2 de abril de 2025

Brasil pressiona México por mais espaço na importação de carne suína após tarifas dos EUA
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Com as recentes tarifas impostas pelo então presidente norte-americano à carne suína dos Estados Unidos, o Brasil viu uma oportunidade estratégica para ampliar suas exportações ao México — um dos maiores mercados consumidores da proteína na América Latina.

Atualmente, os EUA respondem por mais de 80% das importações mexicanas, com cerca de 1 milhão de toneladas anuais. Porém, com o aumento das tarifas, o produto norte-americano tende a perder competitividade. Nesse cenário, o governo brasileiro intensificou a diplomacia comercial e sanitária, buscando a liberação de mais frigoríficos nacionais para exportação àquele mercado.

A principal frente de atuação tem sido junto à autoridade sanitária mexicana, responsável por habilitar novos estabelecimentos exportadores. Ampliar a lista de frigoríficos aptos a vender ao país pode garantir maior agilidade na entrada de novos lotes e reduzir a dependência mexicana do fornecimento americano.

O movimento reforça o posicionamento estratégico do agronegócio brasileiro, que já lidera em exportações de carne bovina e de frango e agora busca consolidar sua presença no segmento suíno. A medida também representa um contrapeso à tensão comercial entre EUA e México, criando espaço para que o Brasil se torne fornecedor confiável e competitivo em momentos de instabilidade política.

Além disso, a ação do governo brasileiro sinaliza uma maior coordenação entre diplomacia econômica e setor produtivo, ampliando o acesso a mercados alvo em um contexto de disputas tarifárias internacionais. O México, por sua vez, tem demonstrado abertura ao diálogo, o que pode destravar novas oportunidades comerciais nas próximas semanas.


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