Tarifa mexicana: Alíquotas de importação aumentam até 50%

No último dia 10 de dezembro de 2025, o Congresso mexicano aprovou a alteração do quadro tarifário nacional, instituindo o […]

No último dia 10 de dezembro de 2025, o Congresso mexicano aprovou a alteração do quadro tarifário nacional, instituindo o aumento de alíquotas de importação que variam de 5% a 50%. A tarifa mexicana abrange 1.463 classificações tarifárias distribuídas em 17 setores industriais. A nova estrutura entra em vigor em 1º de janeiro de 2026.

A análise dos fluxos comerciais indica que o Brasil é o 5º parceiro comercial mais afetado pela medida. O volume de exportações brasileiras impactado é de US$1,7 bilhão (base 2024), correspondendo a 14,7% do total exportado para o México. A alteração eleva a tarifa média ponderada aplicada a esses produtos de 16,1% para 33,8%.

Cerca de US$688,9 milhões das exportações afetadas não possuem cobertura integral pelos acordos comerciais vigentes (ACE 53 e ACE 55) ou contam apenas com preferências parciais. 

A medida incide majoritariamente sobre bens intermediários (67,6% do valor afetado), o que altera a estrutura de custos da cadeia de suprimentos industrial entre os dois países.

O novo regime tarifário

O “Programa de Proteção para as Indústrias Estratégicas” representa uma modificação estrutural na política de comércio exterior do México. O objetivo técnico declarado é o fortalecimento da produção doméstica e a redução do déficit na balança comercial.

  • A medida afeta aproximadamente US$52 bilhões em importações totais do México (8,6% do total importado pelo país).
  • As alterações concentram-se em indústrias de base e transformação, incluindo siderurgia, automotivo (peças), têxtil, plásticos e eletrodomésticos.

A justificativa econômica para a implementação das novas alíquotas baseia-se em três pilares quantitativos:

  1. Proteção de emprego: Manutenção de aproximadamente 325 mil postos de trabalho em polos industriais (Nuevo León, Jalisco, Estado do México, Querétaro e Cidade do México).

  2. Balança comercial: Estímulo à substituição de importações em setores onde a indústria local possui capacidade instalada.

  3. Competitividade de custos: Estabelecimento de barreiras tarifárias para equalizar preços finais entre produtos importados e a produção nacional.

A análise de dados da CNI e do MDIC aponta que 232 produtos brasileiros sofrerão alteração direta no tratamento tarifário. A vulnerabilidade das exportações brasileiras decorre da limitação dos acordos comerciais existentes.

Um dado que chama atenção é a composição da pauta exportadora afetada: 67,6% do valor corresponde a bens intermediários.

O Brasil atua como fornecedor de insumos para a indústria mexicana. O aumento da tarifa sobre esses itens eleva diretamente o custo de produção das empresas no México que utilizam insumos brasileiros.

Além disso, o encarecimento dos insumos brasileiros pode forçar a indústria mexicana a buscar fornecedores domésticos ou de países com acordos de livre comércio mais abrangentes para manter sua competitividade de custos.

O Papel da tecnologia e inteligência de dados na mitigação de riscos


Diante de barreiras tarifárias abruptas e do fechamento parcial de mercados importantes como o México, a capacidade de adaptação rápida torna-se o principal ativo estratégico. 

A intuição comercial isolada não é suficiente para navegar em um cenário de alta complexidade regulatória; é necessário o uso intensivo de tecnologia para redirecionar estratégias de exportação com precisão cirúrgica.

Neste contexto, a utilização de plataformas de inteligência de dados, como o Export Intel da Logcomex, é fundamental para a continuidade dos negócios.

Com o encarecimento das exportações para o México, o exportador brasileiro precisa identificar rapidamente compradores alternativos ou nichos de mercado que absorvam o novo custo. 

O Export Intel coloca a inteligência artificial a serviço desta estratégia ao:

  • Mapear compradores ideais: Identificar importadores em outros mercados (diversificação geográfica) ou dentro do próprio México que possuam perfil para manter as compras mesmo com tarifas elevadas.
  • Análise de potencial: Revelar quais mercados oferecem maior potencial de absorção para o produto específico afetado, baseando-se em padrões reais de consumo e importação global.

A ferramenta permite transformar operações reativas em estratégias proativas. Ao oferecer inteligência de dados, é possível:

Mitigação de riscos: Antecipar movimentos de mercado e reduzir a dependência de um único parceiro comercial afetado pelo tarifaço.

Qualificação de leads: Filtrar parceiros internacionais com base em histórico e solidez, otimizando o esforço comercial em um momento de crise.

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