Antecipando o tarifaço americano, o Porto de Santos atinge marco inédito com mais de 17 milhões de toneladas movimentadas em julho, primeira vez na história que ultrapassa essa marca mensal. O crescimento foi impulsionado pela corrida das exportações antes da entrada em vigor das tarifas de 50%.
Contradizendo argumentos do tarifaço, o Brasil acumula déficit comercial de US$ 22,6 bilhões com os EUA desde janeiro, reforçando que importa mais do que exporta para os americanos. O superávit geral brasileiro em julho foi o menor em três anos, atingindo US$ 36,98 bi no acumulado (-24,7% vs 2024).
Protegendo a indústria nacional, o governo antecipa de 2028 para janeiro de 2027 a tarifa de 35% sobre carros elétricos desmontados. Simultaneamente, carros prontos já tiveram alíquotas elevadas de 18% para 25%, enquanto híbridos passaram de 25% para 30%, consolidando política protecionista setorial.
Refletindo pressões globais, a balança comercial registra menor superávit para julho em três anos, com US$ 36,98 bilhões no acumulado, queda de 24,7% sobre 2024. O resultado é o pior para o período desde 2020, indicando desafios crescentes no comércio exterior brasileiro diante das tensões comerciais.
Aproveitando a janela pré-tarifaço, exportações de carne bovina atingem recorde histórico de 276,9 mil toneladas em julho, crescimento de 16,7% sobre 2024. O volume supera o recorde anterior de outubro/2024 (270,3 mil tons), com China liderando compras e EUA como segundo maior mercado antes das sanções.