Minério de Ferro: queda na China impõe desafios ao Brasil

setembro 25, 2024

Minério de Ferro: queda na China impõe desafios ao Brasil
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A recente queda de 4% no preço do minério de ferro na China, o maior recuo em quase dois anos, acendeu um alerta para o Brasil. 

O país, que figura entre os principais exportadores globais de minério, depende fortemente da demanda chinesa, que responde por 74% das exportações brasileiras em 2024, de acordo com dados recentes da Logcomex, referente aos primeiros 8 meses do ano.

Essa retração reflete uma desaceleração do consumo interno chinês, motivada por preocupações com o menor crescimento econômico e, mais recentemente, pela descoberta de uma nova mina de minério na África, que promete aumentar a oferta global e acirrar a concorrência.

Exportações brasileiras de Minério de Ferro

Entre 2023 e 2024, as exportações brasileiras de minério de ferro apresentaram um crescimento significativo, tanto em valor quanto em volume.

O valor FOB aumentou 9%, passando de US$ 16,9 bilhões para US$ 18,5 bilhões, enquanto o volume exportado subiu 6%, de 222,3 milhões de quilos para 235,8 milhões de quilos.

Minas Gerais e Pará, que juntos são responsáveis por 95% das exportações do país, com US$ 9,1 bilhões e US$ 8,5 bilhões respectivamente, poderão ver suas receitas impactadas futuramente.

A Vale, maior produtora do Brasil e uma das maiores do mundo, sente o impacto diretamente.

Embora a empresa possua operações diversificadas geograficamente e uma vasta gama de produtos, sua receita ainda depende significativamente das exportações para a China.

Portanto, monitorar de perto esses fatores será essencial para entender como eles podem afetar as margens e a sustentabilidade das operações no longo prazo.

Mineração Brasileira

No curto prazo, a maior ameaça é a desaceleração da demanda chinesa, que deve manter os preços globais do minério de ferro sob pressão. 

Com isso, as margens das empresas podem ser comprimidas, o que afeta diretamente os resultados financeiros e o valor de mercado de grandes corporações como a Vale.

Indústrias siderúrgicas brasileiras, que utilizam o minério como matéria-prima, também podem ser impactadas pela volatilidade nos preços globais.


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