Importações da China crescem enquanto caem exportações

19 de dezembro de 2024

Importações da China crescem enquanto caem exportações
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As importações de produtos da China tiveram peso maior na balança comercial brasileira entre janeiro e novembro deste ano, enquanto a participação chinesa nas exportações brasileiras recuou, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Uma análise do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o superávit comercial do Brasil com o país asiático no acumulado de 11 meses foi de US$ 31 bilhões, o que representa 44,3% do saldo da balança comercial brasileira.

Mas a participação da China nas exportações caiu de 30,7% para 28,6%, enquanto a fatia chinesa nas importações brasileiras subiu de 21,9% para 24,1%.

Segundo os pesquisadores da FGV, a mudança se deu também em razão do aumento das exportações para os Estados Unidos e a União Europeia, e queda nas importações desses parceiros.

A Argentina, por sua vez, mesmo em crise econômica, importou mais produtos brasileiros e exportou mais para o Brasil, principalmente no setor automotivo.

Em 2024, até novembro, os principais produtos importados da China pelo Brasil, em valor, foram:

  • Células fotovoltaicas montadas em módulos ou em painéis (NCM 8541.43.00) – US$ 2,4 bi (FOB);
  • Outros veículos, equipados para propulsão, simultaneamente, com um motor de pistão alternativo de ignição por centelha (faísca) e um motor elétrico, suscetíveis de serem carregados por conexão a uma fonte externa de energia elétrica (NCM 8703.60.00) – US$ 1,5 bi (FOB);
  • Outros veículos, equipados unicamente com motor elétrico para propulsão (NCM 8703.80.00) – US$ 1,3 bi (FOB);
  • Outros suportes gravados, para reprodução de fenômeno diferente de som ou imagem (NCM 8524.91.00) – US$ 1,2 bi (FOB);
  • Outras partes de aparelhos telefônicos, incluindo smartphones e aparelhos para redes celulares ou redes sem fio (NCM 8517.79.00) – US$ 1,2 bi (FOB).

Já os produtos mais exportados do Brasil para a China no mesmo período foram:

  • Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura (NCM 1201.90.00) – US$ 30,9 bi (FOB);
  • Óleos brutos de petróleo (NCM 2709.00.10) – US$ 19,2 bi (FOB);
  • Minérios de ferro e seus concentrados, exceto as piritas de ferro ustuladas (cinzas de piritas), não aglomerados (NCM 2601.11.00) – US$ 18,4 bi (FOB);
  • Carnes desossadas de bovino, congeladas (NCM 0202.30.00) – US$ 5,4 bi (FOB);
  • Pastas químicas de madeira, à soda ou ao sulfato, exceto pastas para dissolução, semibranqueadas ou branqueadas, de não coníferas (NCM 4703.29.00) – US$ 3,6 bi (FOB).

Conforme dados da Logcomex, o saldo total da balança comercial até novembro foi de US$ 69,9 bilhões, resultado de US$ 312,3 bilhões em exportações e US$ 242,4 bilhões em importações.

A FGV projeta que este ano o Brasil deve ter um superávit entre US$ 74 bilhões e US$ 78 bilhões no comércio exterior.


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