Com as exportações chinesas em alta, mas as importações desacelerando, o Brasil encontra-se em uma posição estratégica para se beneficiar dessa dinâmica, aproveitando uma queda nos custos de mercadorias importadas.
Estados como São Paulo, Santa Catarina e Amazonas estão na linha de frente dessa transformação, com setores específicos ganhando destaque.
Quais os estados mais importam da China?
- São Paulo: com US$ 8,6 bilhões em produtos chineses importados, São Paulo representa 25% de tudo que o Brasil adquire da China. A infraestrutura consolidada do estado, principalmente via Porto de Santos, é um fator essencial para o volume de mercadorias recebidas.
- Santa Catarina: aproximando-se de São Paulo, o estado importou US$ 8 bilhões, o que corresponde a 23% do total nacional. Os portos de São Francisco do Sul e Itajaí são os principais hubs de entrada.
- Amazonas: graças à Zona Franca de Manaus, o Amazonas se destaca, com US$ 3,5 bilhões em importações, especialmente no setor de eletroeletrônicos.
Setores em alta com as importações chinesas
- Veículos Elétricos e Híbridos: Este é um setor com crescimento explosivo. As importações de veículos híbridos cresceram 364%, e os elétricos, 8.650%.
- Energia Solar: a demanda por painéis fotovoltaicos também está em alta, com um aumento de 32% nas importações.
- Máquinas e Equipamentos: houve um aumento de 37% nas importações de máquinas, especialmente nas indústrias voltadas à infraestrutura e inovação tecnológica.
Oportunidades para o Brasil no cenário de desaceleração
A queda nas importações chinesas cria um ambiente favorável para a entrada de produtos a custos menores no Brasil. Essa tendência beneficia setores em expansão, como energias renováveis e o automotivo, fortalecendo a competitividade nacional.
O que esperar no futuro?
O Brasil tem a chance de capitalizar sobre essas oportunidades, expandindo o comércio bilateral com a China. A melhoria contínua na infraestrutura e o incentivo a setores estratégicos podem impulsionar ainda mais o crescimento econômico.