O salmão cultivado na Noruega, assim como outros produtos da aquicultura, agora pode ser importado pelo Brasil a partir de um novo acordo firmado entre a Autoridade Norueguesa de Segurança Alimentar (Mattilsynet) e as autoridades brasileiras.
Há cerca de duas semanas, a Mattilsynet passou a ser autorizada a emitir certificados sanitários para produtos aquícolas destinados ao mercado brasileiro, conforme as condições estabelecidas no acordo.
O certificado abrange diversas espécies e formas de conservação, incluindo filés, peixes inteiros e eviscerados, além de produtos defumados. Contudo, instalações que tenham suspeitas ou confirmações de Vírus da Anemia Infecciosa do Salmão (ISA) ou Doença Renal Proliferativa (DRP) estão proibidas de exportar para o Brasil.
A Noruega lidera a produção e exportação de salmão globalmente, respondendo por cerca de metade do volume total de exportações. O novo acordo permitirá a introdução do salmão norueguês no mercado brasileiro, com as primeiras remessas previstas até o final de 2024.
Historicamente, as exportações de peixes da Noruega para o Brasil se limitavam a peixes salgados e secos, mas a possibilidade de exportar salmão abre um novo mercado para a indústria aquícola norueguesa e uma alternativa para o Brasil à produção chilena.
De acordo com dados da Logcomex, o Chile respondeu por 99,63% de todas as importações brasileiras de salmão (valor FOB) entre janeiro e agosto de 2024 (NCMs 0302.14.00, 0303.12.00, 0304.81.00, 0302.13.00, 0304.41.00, 0303.13.00 e 0305.41.00).
Nesse período, o Brasil comprou US$ 601 milhões em salmão do Chile. Os outros fornecedores foram China (US$ 1,5 milhão) e Estados Unidos (US$ 697 mil).