Indústria da transformação recupera exportações em 2024

26 de dezembro de 2024

Indústria da transformação recupera exportações em 2024
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Análise do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que 2024 marca a recuperação da indústria da transformação nas exportações brasileiras, depois de um ano de variação negativa na contribuição para o superávit comercial do país.

Dados do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), do FGV IBRE, mostram que, no acumulado de janeiro a novembro, o setor registrou alta de 3,8% em volume exportado – puxada pelos segmentos de alimentos, máquinas e equipamentos e produtos de madeira –, perdendo apenas para a indústria extrativa, com alta de 10,5%, enquanto a agropecuária registra queda de -0,1%.

A indústria de transformação, no entanto, foi a único a registrar variação positiva em termos de preços no acumulado do ano até novembro, com 0,4%, contra queda de 3,5% na indústria extrativa e de 12,7% na agropecuária.

Conforme números da Logcomex, o saldo total da balança comercial até novembro de 2024 foi de US$ 69,9 bilhões, inferior em US$ 19,4 bilhões em igual período do ano anterior. A corrente de comércio, no entanto, foi maior, impulsionada pelo aumento das importações.

O valor total de exportações até o 11º mês do ano foi de US$ 312,3 bilhões (FOB), alta de 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações saltaram 9,5%, alcançando US$ 242,4 bilhões.

A categoria de bens duráveis liderou a alta de volume importado, com aumento de 53,4% em relação a janeiro a novembro de 2023, seguida por semiduráveis (alta de 27,7% na mesma comparação), bens de capital (23,8%), intermediários (14,5%) e bens não-duráveis (10%).

Na indústria de transformação, a demanda por importações foi liderada por máquinas e equipamentos (alta de 23,3% em relação a jan-nov de 2023), seguida por bens intermediários (15%).

No agro, por sua vez, o Icomex mostra queda na demanda por máquinas e equipamentos em relação aos primeiros 11 meses do ano passado, com -7,4%, e alta no volume importado de bens intermediários (7,7%).


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