Exportação de carne bovina aos EUA cresce 72% em 2024 com queda local

outubro 1, 2024

Exportação de carne bovina aos EUA cresce 72% em 2024 com queda local
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As exportações de carne bovina brasileira para os Estados Unidos dispararam em 2024 em meio a uma queda na produção norte-americana para o mercado interno.

Segundo dados da Logcomex, nos oito primeiros meses do ano foram vendidos para os Estados Unidos 97 mil toneladas de carne bovina, tanto congeladas (NCM 0202.30.00) quanto frescas ou resfriadas (NCM 0201.30.00). O volume representa um aumento de 72% em relação ao mesmo período do ano passado nessa cesta de itens.

A valorização do produto brasileiro fez crescer ainda mais o valor total das exportações, que registraram uma alta de 83%, chegando a US$ 464,7 milhões (FOB), na comparação de janeiro a agosto de 2024 com igual período de 2023.

Chama a atenção o aumento na compra, pelos norte-americanos, do produto fresco ou refrigerado, que subiu 1.688% em peso líquido total e 1.795% em valor FOB.

Enquanto nos primeiros oito meses do ano passado o Brasil exportou 257 mil quilogramas do produto nessas condições para os Estados Unidos (US$ 1,6 milhão FOB), este ano já foram 4,6 milhões quilogramas (US$ 29,6 milhões FOB).

Segundo dados do USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a produção de carne bovina norte-americana deve ficar em 11,9 toneladas em 2024, uma queda de 2,9% em relação a 2023, quando o indicador já havia retraído 4,7%.

Como não há um acordo de livre comércio entre Brasil e Estados Unidos, pesam tarifas sobre as exportações brasileiras a partir de determinadas cotas. O Brasil já atingiu sua cota em março, mas as empresas americanas continuam dispostas a pagar uma taxa de 26,4% pela carne bovina brasileira.

Altin Kalo, analista do grupo Chicago Mercantile Exchange, explicou ao portal Tri-State Livestock News que geralmente a tarifa é grande o suficiente para desencorajar importações, mas que o aumento de preços da produção local e uma valorização recente no dólar têm compensado essa taxação.

De acordo com o analista, os Estados Unidos também devem aumentar neste ano, em mais de 50%, a importação de carne bovina de países como Austrália e Uruguai.


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