O aumento nas tarifas sobre importações de aço e alumínio nos Estados Unidos, que passaram de 25% para 50%, entrou em vigor nesta quarta-feira (4).
A medida, implementada por decreto assinado pelo presidente Donald Trump, deve impactar severamente o Brasil, segundo maior fornecedor de aço para os americanos, com 4,1 milhões de toneladas exportadas em 2024.
Dados da Logcomex, comparativos 2024 vs. 2025 (janeiro a abril), já apontam tendência preocupante: queda de 26,7% no valor FOB das exportações brasileiras de aço, passando de US$ 260,2 milhões para US$ 195,3 milhões. O volume exportado também diminuiu 26,5%, de 411 mil para 302 mil toneladas.
Os EUA representam 14% do destino do aço brasileiro em valor FOB, ocupando o terceiro lugar após Peru (26%) e República Dominicana (26%). Em volume, os americanos absorvem 12% das exportações brasileiras. Dados mostram que o Porto de Vitória é o principal ponto de saída, com 46% do valor FOB em 2025, seguido pelo Porto de Itaguaí com 19%.
Especialistas projetam que o cenário exigirá diversificação urgente de mercados, com possível redirecionamento para China e mercado interno.