Sudeste do Brasil sob impacto das tarifas de Trump

17 de julho de 2025

Sudeste do Brasil sob impacto das tarifas de Trump

Trump amplia guerra comercial com tarifas de 30% sobre UE e México

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas de 30% sobre produtos do México e da União Europeia, com vigência prevista para 1º de agosto. 

A medida é uma expansão da ofensiva comercial que já havia imposto taxas de 50% ao Brasil – a maior alíquota aplicada até o momento.

Na justificativa para a UE, Trump citou o déficit comercial de US$ 235,6 bilhões registrado em 2024. Para o México, a motivação declarada é a crise do fentanil e a suposta falha em conter cartéis de drogas. 

Ambos os blocos sinalizaram possíveis retaliações, o que pode desencadear uma escalada no conflito comercial global.


Sudeste concentra maior impacto das tarifas de Trump ao Brasil

A sobretaxa de 50% anunciada por Donald Trump sobre produtos brasileiros atingirá principalmente os estados do Sudeste, responsáveis por mais de 70% das exportações nacionais para os EUA. 

São Paulo lidera como o mais vulnerável, com exportações equivalentes a 31,9% do total enviado aos Estados Unidos, seguido por Rio de Janeiro (15,9%), Minas Gerais (12,4%) e Espírito Santo.

Os portos de Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES) figuram entre os principais pontos de saída desses produtos. Setores estratégicos como siderurgia, aviação, petróleo e manufaturados serão os mais prejudicados, comprometendo as expectativas de receita dos estados exportadores caso as tarifas sejam efetivamente implementadas em agosto.


Governo e setor privado investirão R$ 4,7 bilhões para modernizar portos brasileiros

O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou pacote de R$ 4,7 bilhões para implantação e ampliação de nove terminais de uso privativo (TUPs) em seis estados brasileiros. 

O plano prevê a criação de mais de 10 mil empregos diretos e indiretos, com obras iniciando ainda neste semestre e operações a partir de 2026.

O Pará receberá a maior fatia dos investimentos: R$ 2,7 bilhões distribuídos entre quatro terminais. 

A expectativa do governo é de crescimento médio entre 3% e 6% no setor portuário nos próximos anos, impulsionado principalmente pela crescente inserção do Brasil nas cadeias globais de fornecimento de alimentos, com forte demanda da Ásia e Europa.


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