O estado do Paraná vem se destacando no cenário econômico nacional com números crescentes tanto na indústria quanto no setor de serviços, superando significativamente as médias nacionais no primeiro trimestre de 2025.
Em março, o Paraná registrou um crescimento de 15,1% no volume de produção industrial em comparação com o mesmo mês de 2024. Este desempenho é superior à média nacional, que apresentou crescimento de apenas 3,1% no mesmo período, conforme dados divulgados pelo IBGE.
O impulso industrial não se limita apenas a março. O estado acumula o segundo maior crescimento industrial do país no primeiro trimestre de 2025, com expressiva alta de 7,1%. Mesmo na análise mensal, o Paraná manteve tendência positiva, com aumento de 0,8% entre fevereiro e março.
O crescimento também é evidente no setor de serviços, que avançou 1,2% em março na comparação com fevereiro, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE. Este resultado é quatro vezes superior à média nacional de 0,3% para o mesmo período.
O IBGE destaca que o desempenho paranaense foi um dos principais responsáveis pelo avanço do setor em todo o Brasil, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (2,3%). Enquanto isso, estados economicamente importantes como São Paulo e Rio Grande do Sul registraram queda de 0,2% e 0,9%, respectivamente.
Os bons resultados também se refletem no comércio internacional. Segundo a Logcomex, de janeiro a abril de 2025, as importações via Porto de Paranaguá alcançaram US$ 6,4 bilhões, um aumento de 10% em comparação ao mesmo período de 2024 – quando registrou US$ 5,8 bilhões. As exportações apresentaram crescimento mais discreto, de 3% em comparação com o mesmo período de 2024, totalizando US$ 9 bilhões e US$ 8,7 bilhões, respectivamente.
De acordo com dados da plataforma NCM Intel da Logcomex, a NCM 1201.90.00 liderou o ranking dos principais produtos exportados no primeiro quadrimestre de 2025. A soja, mesmo triturada, exceto para semeadura, registrou valor FOB de US$ 2 bilhões, uma queda de 12% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foi registrado FOB de US$ 2,34 bilhões.
Já as carnes desossadas de bovino, congeladas – NCM: 02023000 – aparecem em segundo lugar, com FOB movimentado de US$1 bilhão. Aumento de 69% em comparação com o mesmo período do ano passado – US$ 644 milhões.
Em relação às importações via Porto de Paranaguá, de janeiro a abril de 2025, a análise realizada via plataforma da Logcomex aponta que a NCM 27101921 referente à gasóleo (óleo diesel), embora ocupe o primeiro lugar no ranking das principais NCMs importadas, registrou uma queda de 32% no valor FOB – US$484 milhões – em comparação com o mesmo período de 2024 quando foi registrado FOB de US$713,3. Outros cloretos de Potássio aparecem em segundo lugar, com FOB de US$225,5 milhões (-37% vs 1º quadrimestre 2024).