Cabotagem sustentável, Rússia em alta e tarifa dos EUA

24 de julho de 2025

Cabotagem sustentável, Rússia em alta e tarifa dos EUA

Decreto impulsiona cabotagem sustentável

O ministro Silvio Costa Filho assinou o decreto que regulamenta o programa BR do Mar, que visa expandir o transporte marítimo entre portos brasileiros com foco em embarcações sustentáveis. 

A iniciativa prevê redução de 20% a 60% nos custos logísticos, ampliação da frota nacional e criação de novas rotas. Um diferencial do programa é o incentivo à contratação de “embarcações verdes”, que atendam a critérios ambientais a serem definidos após consulta pública.

A regulamentação detalha as modalidades de contratação permitidas e condições para operação de navios estrangeiros, que deverão manter tripulação brasileira a bordo.


Brasil dobra importações da Rússia após guerra na Ucrânia

As importações brasileiras de produtos russos saltaram de US$ 6,2 bilhões em 2021 para US$ 12,2 bilhões em 2024, mesmo após o início do conflito na Ucrânia.

Enquanto países do G7 impuseram sanções econômicas para isolar a Rússia, o Brasil intensificou suas relações comerciais com o país. Combustíveis (US$ 7,18 bilhões) e fertilizantes (US$ 4,17 bilhões) lideram a pauta importadora, com a Rússia sendo o maior fornecedor de diesel para o Brasil.

Este movimento comercial contrasta com a posição do G7 e pode colocar o Brasil na mira das “tarifas secundárias” ameaçadas por Donald Trump contra países que mantêm relações comerciais com a Rússia.


Tarifaço de Trump ameaça 77 mil toneladas de frutas brasileiras

Cerca de 77 mil toneladas de frutas brasileiras correm risco de estragar ou ser vendidas abaixo do preço de mercado devido à tarifa de 50% imposta pelos EUA.

O volume, suficiente para abastecer cidades como Salvador, Manaus ou Recife por um ano inteiro, inclui 36,8 mil toneladas de manga, 18,8 mil de frutas processadas (principalmente açaí), 13,8 mil de uva e 7,6 mil de outras variedades.

A sobretaxa, que entra em vigor em 1º de agosto, já suspendeu embarques e afeta principalmente produtores do Vale do São Francisco. O setor alerta que não há como redirecionar a produção para o mercado interno ou europeu sem colapsar os preços, criando risco de desemprego em massa.


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