EUA avança em acordos comerciais com o Reino Unido

9 de maio de 2025

EUA avança em acordos comerciais com o Reino Unido
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciaram nesta quinta-feira (8) um acordo comercial entre os dois países, o primeiro desde a implementação das “tarifas recíprocas” pelos EUA no início de abril. O acordo representa um avanço significativo nas relações comerciais bilaterais, em um momento de tensão no comércio global.

Segundo informações divulgadas pelo governo americano, o Reino Unido concordou em reduzir as taxas sobre produtos norte-americanos de 5,1% para 1,8%, além de fornecer aos EUA maior acesso aos seus mercados. Em contrapartida, os EUA mantiveram uma tarifa de 10% sobre os produtos britânicos importados, mas reduziram significativamente as tarifas sobre setores estratégicos do Reino Unido.

Em comunicado oficial, o presidente americano destacou que o acordo deve aumentar a receita externa dos EUA em US$ 6 bilhões, além de criar US$ 5 bilhões em novas oportunidades de exportação.

Para o Reino Unido, os benefícios são significativos, especialmente para a indústria automobilística, que verá suas tarifas cair de 27,5% para 10% imediatamente em suas exportações para os EUA. Os impostos sobre aço e alumínio britânicos serão zerados, segundo informou o governo do país europeu.

O acordo é especialmente importante para o governo de Starmer, que busca construir novas relações comerciais pós-Brexit com parceiros globais como os EUA, a China e a União Europeia, em um esforço para melhorar a economia britânica.

Negociações com a China avançam

Enquanto isso, a China anunciou que o vice-primeiro-ministro visitará a Suíça para iniciar negociações com os Estados. O encontro marca o início das conversas sobre as tarifas impostas por Washington contra produtos chineses, que atualmente somam até 145%.

Trump, em entrevista a jornalistas após o anúncio do acordo com o Reino Unido, afirmou que tem muitas reuniões previstas nas próximas semanas e indicou que todos os países afetados por suas tarifas buscam fazer acordos com os EUA.

Consequências globais

Os EUA têm sido pressionados por investidores a fechar acordos para apaziguar sua guerra tarifária, depois que a política de Trump prejudicou o comércio global com aliados e adversários, ameaçando aumentar a inflação e iniciar uma recessão.

Autoridades americanas têm se envolvido em uma série de reuniões com parceiros comerciais desde que Trump, em 2 de abril, impôs uma tarifa de 10% à maioria dos países, juntamente com tarifas mais altas para muitos parceiros, que foram então suspensas por 90 dias.


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