A crise no Canal do Panamá continua se agravando este ano com a seca prolongada reduzindo significativamente o fluxo comercial desta rota estratégica.
Dados da Autoridade do Canal do Panamá (ACP) revelam uma queda de 29% no tráfego de navios no último ano fiscal, gerando ondas de impacto nas cadeias globais de suprimentos.
Desde o início da seca extrema, foram adotadas restrições na quantidade de travessias diárias de navios, reduzindo de 38 para 22, na importante rota comercial que concentra 5% de todo o comércio mundial via modal marítimo.
A hidrovia representa uma artéria vital para a economia americana, por onde escoa mais de 40% de todo tráfego de contêineres do país, movimentando aproximadamente US$ 270 bilhões anuais. Já a China, também usuária da rota, movimenta 21% dos seus contêineres.
Em meio à escalada da guerra tarifária entre EUA e China, onde as taxações para produtos chineses já atingem 145%, surge mais um elemento geopolítico: o Secretário de Defesa dos Estados Unidos anunciou que o governo americano pretende retomar o controle do Canal do Panamá.
Pete Hegseth, pressionou o Panamá para garantir o uso gratuito do canal por navios militares americanos e reativar antigas bases militares, levantando preocupações sobre a soberania nacional e a influência dos EUA na região.