Confiança da indústria cresce em maio

30 de maio de 2025

Confiança da indústria cresce em maio
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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 0,9 ponto em maio, alcançando 98,9 pontos, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na última quarta-feira (28). O resultado representa a maior alta do ano, impulsionada principalmente pelo aumento nas expectativas para os próximos meses.

A melhora nas perspectivas futuras é evidenciada pelo avanço de 2,7 pontos no Índice de Expectativas (IE), que atingiu 98,7 pontos. No entanto, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,0 ponto, caindo para 99,1 pontos, o que revela uma visão mais cautelosa sobre o momento presente.

Um ponto crítico para executivos do comércio exterior é o aumento nos níveis de estoque pelo segundo mês consecutivo. Segundo Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE, este cenário “acende um alerta para os empresários”, especialmente aqueles que dependem de cadeias de suprimentos internacionais.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) apresentou alta de 0,7 ponto percentual, chegando a 83,7% – o maior patamar desde janeiro de 2011. Este elevado NUCI indica que a indústria nacional está operando próxima de sua capacidade máxima, um dado relevante para o planejamento de cadeias de suprimentos.

Apesar das perspectivas positivas imediatas, o horizonte de médio prazo apresenta desafios significativos. “O conjunto de política monetária contracionista com a expectativa geral de desaceleração da economia pode refletir em um cenário difícil para a indústria no segundo semestre”, alerta Pacini.

Para empresas que atuam no comércio exterior, as projeções do economista da FGV sobre um possível cenário mais desafiador no segundo semestre são um importante ponto de atenção para o planejamento estratégico.

A melhora na demanda presente, combinada com a intenção das empresas de aumentar a produção nos próximos meses, sinaliza uma possível intensificação da atividade industrial no curto prazo.

O comportamento do ICI em médias móveis trimestrais, com avanço de apenas 0,2 ponto para 98,4 pontos, sugere que a recuperação, embora positiva, ocorre em ritmo moderado, alinhado com o cenário macroeconômico complexo mencionado pelo economista da FGV.


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