Em meio à intensificação da guerra comercial com os Estados Unidos, o primeiro-ministro da China pediu que os exportadores chineses diversifiquem seus mercados para enfrentar “mudanças profundas” no ambiente global.
A declaração foi feita nesta terça-feira (16), após os EUA elevarem tarifas sobre produtos chineses, medida que levou Pequim a retaliar com taxas sobre mercadorias norte-americanas.
Apesar da escalada nas tensões, a economia chinesa surpreendeu positivamente: o PIB do primeiro trimestre cresceu 5,4%, acima da expectativa de 4,8%. Parte desse desempenho foi impulsionada pelo aumento das exportações em março, quando empresas correram para enviar produtos antes das tarifas entrarem em vigor.
Sem mencionar diretamente os EUA, o premiê defendeu que o país responda com calma aos choques externos, ressaltando a necessidade de expandir o consumo interno como alternativa ao cenário externo desafiador.
Ele destacou que a China vai promover o desenvolvimento integrado do comércio interno e externo, além de incentivar a inovação nos canais e métodos de exportação.
Também anunciou esforços para estabilizar o emprego, impulsionar a renda e fortalecer as redes de segurança social — medidas que visam estimular o consumo doméstico. Segundo ele, o mercado imobiliário ainda tem espaço significativo para crescer e será peça-chave para destravar o potencial de crescimento econômico.