China encontra alternativas para suas exportações, que crescem 8,1%

13 de maio de 2025

China encontra alternativas para suas exportações, que crescem 8,1%
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As exportações chinesas avançaram 8,1% em abril de 2025 na comparação anual, superando as expectativas de mercado, apesar das tensões comerciais com os Estados Unidos que resultaram em uma queda acentuada de 21% nas vendas para o mercado americano. No mesmo período, as importações brasileiras provenientes da China também apresentaram crescimento expressivo de 7,6%, totalizando US$ 5,02 bilhões, conforme dados compilados pela Logcomex.

O desempenho positivo das exportações da China, mesmo com a significativa redução nas vendas para os EUA, reflete a estratégia bem-sucedida do país asiático em diversificar seus mercados. Segundo dados oficiais divulgados em 9 de maio, as exportações para países do sudeste asiático registraram um impressionante aumento de 20,8% em abril, compensando as perdas no mercado norte-americano.

No Brasil, as importações de produtos chineses cresceram não apenas na comparação anual (7,6% acima do valor registrado em abril de 2024, quando totalizaram US$ 4,66 bilhões), mas também mantiveram estabilidade em relação a março de 2025, que registrou um FOB de US$ 5,01 bilhões, conforme levantamento da Logcomex.

A análise detalhada da pauta importadora brasileira de produtos chineses revela concentração em componentes tecnológicos e bens de consumo. As células fotovoltaicas montadas em painéis lideram o ranking de importações em 2025, com valor FOB de US$ 162,6 milhões, apesar de uma variação negativa de 39% no valor FOB, acompanhada de queda de 13% em volume.

O destaque positivo ficou com as outras unidades de ar condicionado, que registraram um impressionante crescimento de 168% em valor FOB, alcançando US$ 86,7 milhões, e um aumento ainda mais expressivo de 207% em volume. Outro item com desempenho notável foram os veículos híbridos com propulsão elétrica, que apresentaram aumento de 151% em valor e 267% em volume, totalizando US$ 134,8 milhões.

A distribuição geográfica das importações chinesas no Brasil demonstra forte concentração regional. São Paulo lidera como principal importador, representando 26% do total com US$ 1,3 bilhão, seguido por Santa Catarina com 22% (US$ 1,08 bilhão) e Amazonas com 13% (US$ 667,3 milhões). Os três estados juntos respondem por 61% de todas as importações brasileiras da China em 2025, evidenciando a concentração da atividade importadora nas regiões Sul e Sudeste, além do polo industrial da Zona Franca de Manaus.

O comportamento das importações brasileiras de produtos chineses acompanha o movimento global da China de direcionar suas exportações para mercados alternativos aos EUA, em resposta às crescentes tensões comerciais. Enquanto as vendas para os EUA despencaram, o Brasil se mantém como um mercado consumidor relevante para os produtos chineses, especialmente em setores de energia renovável, eletrônicos e veículos de propulsão alternativa.

A continuidade desse fluxo comercial ocorre em um momento estratégico, demonstrando que, apesar das turbulências no comércio internacional provocadas pelas disputas entre China e EUA, o Brasil mantém uma relação comercial estável com seu principal parceiro comercial, com crescimento constante nas importações de produtos estratégicos para a transição energética e modernização industrial.


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