BRICS defende reforma da OMC e alerta sobre riscos de medidas protecionistas ao comércio global

27 de maio de 2025

BRICS defende reforma da OMC e alerta sobre riscos de medidas protecionistas ao comércio global
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Os ministros de Comércio dos países do BRICS aprovaram uma declaração conjunta em defesa do fortalecimento do sistema multilateral de comércio e da reforma da OMC. Durante a 15ª Reunião realizada em Brasília em 21 de maio, o documento expressou preocupação com o aumento de medidas restritivas ao comércio global.

O bloco, agora com 11 países (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia, Irã e Indonésia), também aprovou o “Entendimento sobre a Governança da Economia de Dados do BRICS”, considerado inédito tanto no âmbito do BRICS quanto em outros fóruns multilaterais, o documento estabelece diretrizes para políticas públicas que orientam o desenvolvimento soberano dos mercados de dados, incluindo princípios para coleta, armazenamento e transferência de dados entre fronteiras, promovendo a interoperabilidade das regulamentações nacionais.

Outro documento aprovado foi o “Marco do BRICS sobre Comércio e Desenvolvimento Sustentável”. Este visa criar uma plataforma para que os países membros promovam um paradigma mutuamente favorável entre comércio e política ambiental, explorando suas sinergias como motores do desenvolvimento sustentável, em total conformidade com as regras do sistema multilateral de comércio.

Os ministros também avançaram nas negociações da “Estratégia para a Parceria Econômica do BRICS 2030”, que será finalizada na Cúpula do Rio de Janeiro em julho.

Os acordos e documentos aprovados pelo BRICS podem trazer implicações para o comércio exterior brasileiro, especialmente considerando as discussões sobre governança de dados, desenvolvimento sustentável e a atualização da Estratégia para a Parceria Econômica do BRICS 2030. 

Diante das preocupações expressas pelo BRICS sobre medidas restritivas ao comércio global, as discussões do bloco podem representar oportunidades para empresas brasileiras considerarem a diversificação de mercados internacionais.


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