Brasil busca alternativas logísticas frente à instabilidade da rota Transpacífica

12 de junho de 2025

Brasil busca alternativas logísticas frente à instabilidade da rota Transpacífica
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A capacidade de aeronaves cargueiras widebody na rota transpacífica está se estabilizando em torno de 63.000 toneladas semanais em junho, após período de intensa volatilidade, segundo análise da Rotate. 

Este corredor comercial, que registrou pico de 75.000 toneladas em março antes de despencar para 51.000 toneladas em maio devido às alterações tarifárias EUA-China, gera impactos indiretos significativos para o comércio exterior brasileiro.

As oscilações no transpacífico criam um efeito dominó nas tarifas globais de frete, afetando diretamente os custos logísticos de importadores e exportadores brasileiros. Produtos nacionais de alto valor agregado destinados à Ásia frequentemente utilizam rotas trianguladas via EUA, tornando-se vulneráveis às instabilidades nesta rota.

Para mitigar estes impactos, o Brasil avança em alternativas estratégicas como a nova rota aérea direta entre Xiamen e São Paulo com três voos semanais dedicados ao e-commerce, além do projeto da Rota Bioceânica terrestre conectando o país aos portos do Pacífico. 

Estas iniciativas visam reduzir a dependência das tradicionais rotas marítimas e aéreas entre Brasil e Ásia.

Exportadores brasileiros também podem identificar oportunidades temporárias quando os custos China-EUA se elevam, aumentando a competitividade de produtos nacionais no mercado americano, especialmente nos setores têxtil, calçadista e de manufaturados.


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