Intensificando a diplomacia comercial, a Secretaria de Comércio Exterior confirma negociações para ampliar lista de exceções ao tarifaço americano. Com 700 produtos já isentos representando 45% das exportações, o Brasil argumenta que seu déficit comercial de US$ 28 bilhões com os EUA não justifica as tarifas.
Respondendo às pressões setoriais, Lula assina MP que libera linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas pelo tarifaço. O plano contempla crédito subsidiado, compras governamentais e apoio aos setores mais impactados: café, carnes, madeira, pescados e frutas, após mais de 100 reuniões com exportadores.
Aproveitando o momento de crescimento portuário, o leilão do Tecon Santos 10 mobiliza investimentos de R$ 5,6 bilhões por 25 anos, prometendo ampliar em 50% a capacidade de contêineres. O maior terminal da América Latina deve receber ofertas de gigantes globais, com licitação prevista entre outubro e dezembro.
Antecipando possíveis sanções futuras, o Brasil bate recorde de importação de fertilizantes em julho com 4,79 milhões de toneladas, alta de 15,6% sobre junho. O volume histórico reflete estratégia preventiva dos produtores diante da guerra comercial, garantindo suprimentos para as próximas safras recordes.
No mês anterior ao tarifaço, exportações de carne bovina atingem recorde histórico com 300 mil toneladas em julho, crescimento de 17% sobre 2024. China lidera com 160 mil toneladas (51%), enquanto México dispara 420% no acumulado, consolidando-se como alternativa estratégica aos mercados tradicionais.