Anvisa avança na integração à DUIMP, recuo da produção industrial, disputa por terras raras e mais

6 de novembro de 2025

Anvisa avança na integração à DUIMP, recuo da produção industrial, disputa por terras raras e mais
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Nesta semana, muitas atualizações do comércio exterior surgiram, impactando diretamente os fluxos e decisões de empresas que negociam no setor. Acompanhe as principais notícias da semana:

Anvisa avança na integração à DUIMP com categorias prioritárias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avança na modernização do comércio exterior. A partir de 03 de novembro de 2025, operações de importação de produtos críticos já podem ser registradas via Declaração Única de Importação (Duimp), seguindo o cronograma oficial de ligamento publicado em outubro.

A mudança impacta diretamente medicamentos e insumos para a indústria (Cat. 83), substâncias controladas pela Portaria 344/98 (Cat. 84), produtos de Cannabis (Cat. 90) e padrões de referência de medicamentos (Cat. 91). A NCM 1509 (azeite de oliva) também foi incluída nesta fase.

Importadores devem notar que, para operações que ainda utilizarem o modelo antigo da Declaração de Importação (DI), a exigência de Licença de Importação (LI/LPCO) com anuência prévia da Anvisa permanece inalterada.

Resumo Semanal

Refletindo efeitos da Selic a 15% e do tarifaço, a produção industrial brasileira recua 0,4% em setembro, puxada por farmacêuticos (-9,7%), extrativa (-1,6%) e veículos (-3,5%). Apesar do crescimento de 2% na comparação anual, o setor permanece 14,8% abaixo do recorde de 2011.

Após encontro Trump-Xi Jinping, China compromete-se a comprar 12 milhões de toneladas de soja americana até janeiro, pressionando prêmios brasileiros de US$ 0,60 para US$ 0,25/bushel em Paranaguá. Apesar da trégua, Brasil mantém competitividade com projeção de 178 milhões de toneladas na safra 2025/26 e 112 milhões de toneladas em exportações.

Despontando como potência mineral estratégica, o Brasil detém 23% das reservas mundiais de terras raras (21 milhões de toneladas), em segunda posição global. Com projetos de R$ 3,2 bilhões em MG e GO, fundo de R$ 1 bilhão BNDES-Vale e demanda crescendo 40% até 2030, país busca agregar valor industrial.

Ameaçando reconfigurar mercado global, mina de Simandou na Guiné inicia produção com 3 bilhões de toneladas de minério de ferro a 65% de pureza. Projeto de US$ 23 bilhões, o maior da África, pode elevar PIB guineense em 25% e produzir 120 mi tons/ano, consolidando influência chinesa e pressionando Vale e BHP. 


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