Soja em alta no comércio global brasileiro

outubro 9, 2024

Soja em alta no comércio global brasileiro

O Brasil, em 2024, mantém seu protagonismo global no agronegócio, especialmente no setor da soja, consolidando sua posição como um dos maiores exportadores do grão. 

Paralelamente, o aumento das importações também chama atenção, evidenciando a interdependência de mercados globais e o dinamismo do comércio exterior.

Este crescimento representa uma força tanto para o setor agroindustrial quanto para empresas que operam no comércio exterior.

O aumento no volume de exportações de soja significa uma maior demanda por soluções tecnológicas que possam otimizar a logística, fornecer insights baseados em dados e garantir eficiência nas operações. 

A plataforma da Logcomex, que automatiza e monitora operações de comércio global, se torna uma ferramenta ainda mais indispensável para garantir previsibilidade e agilidade em um setor que movimenta volumes gigantescos de mercadorias.

Desafio: Dependência de Commodities

Embora a exportação de soja seja uma força econômica, também expõe uma fraqueza estrutural do Brasil: a alta dependência de commodities.

 Isso cria uma vulnerabilidade diante de variações de preço no mercado internacional, como quedas abruptas nos valores da soja, o que pode afetar negativamente o comércio exterior.

Apesar de avanços na infraestrutura, a logística interna do Brasil ainda enfrenta desafios como a má conservação de estradas e congestionamentos em portos. 

Esses gargalos afetam o fluxo de exportação de soja e podem comprometer a eficiência das operações

Barreiras Comerciais e pressão internacional

O aumento das exportações de soja pode enfrentar resistência por meio de barreiras comerciais impostas por países que desejam proteger suas produções internas ou que têm preocupações ambientais. 

As críticas sobre o impacto ambiental do cultivo de soja no Brasil, especialmente em áreas de desmatamento, podem levar a sanções ou restrições por parte de mercados europeus e norte-americanos.

 Essas barreiras representam uma ameaça significativa para o setor, que precisa estar preparado para se adaptar a novas regulamentações e pressões internacionais.

Volatilidade dos preços das Commodities

A soja é uma commodity sujeita a grande volatilidade de preços no mercado internacional, influenciada por fatores como clima, políticas comerciais e flutuações na demanda global. 

Quedas abruptas nos preços podem comprometer a rentabilidade de empresas brasileiras envolvidas no comércio exterior, impactando diretamente suas operações e suas capacidades de crescimento.

Para mitigar essa ameaça, as empresas devem adotar práticas de gerenciamento de risco e diversificar suas fontes de receita.

Oportunidades

A crescente demanda por soja nos mercados asiáticos, especialmente na China, representa uma oportunidade estratégica para o Brasil expandir suas exportações. 

As empresas brasileiras podem aproveitar essa tendência para fortalecer suas relações comerciais com esses mercados, aumentando suas receitas e solidificando sua presença no cenário global.

Com a ampliação do comércio, surge também a necessidade de investir em inovação e novas tecnologias que possam otimizar as operações e garantir que o Brasil continue a ser um fornecedor confiável.

Sustentabilidade e certificações verdes

A pressão crescente por práticas sustentáveis abre uma oportunidade importante no setor de soja.

Mercados consumidores exigem cada vez mais que os produtos atendam a padrões ambientais rigorosos, o que cria uma oportunidade para as empresas brasileiras investirem em certificações verdes.

Esse diferencial competitivo pode ajudar as empresas a acessar novos mercados e atrair clientes que valorizam práticas sustentáveis. 

Soluções que integram rastreamento de origem e garantem a conformidade com normas internacionais podem agregar valor às operações.

Impacto nas empresas brasileiras

O crescimento das exportações e importações de soja em 2024 tem um impacto profundo nas empresas brasileiras que atuam no comércio exterior. 

O aumento da demanda global cria oportunidades de crescimento, mas também impõe desafios significativos em termos de infraestrutura, sustentabilidade e volatilidade de preços. 

As empresas que conseguirem adaptar suas operações, investindo em inovação e tecnologia, estarão melhor posicionadas para aproveitar as oportunidades e enfrentar as instabilidades do mercado global.

Dados de comércio global

De acordo com a Logcomex, as importações de soja, mesmo triturada, exceto para semeadura (NCM: 12019000) registrou expressivo aumento de 550% no FOB importado de janeiro a agosto de 2024, em comparação com o mesmo período em 2023.

O peso importado também registrou aumento expressivo de 703% no período analisado.

Paraguai, Uruguai e Canadá são os 3 principais países exportadores da commodity.

Já o Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS) e São Paulo (SP), são os principais Estados importadores.

Em relação à unidade de desembaraço aduaneiro, podemos destacar o ALF Foz do Iguaçu, IRF Santa Helena e IRF de Guaíra.

Exportações

Já em relação às exportações na NCM 12019000, de janeiro a agosto de 2024 houve discreta queda de 14% no valor FOB exportado, embora o peso tenha variado 3% a mais em relação ao mesmo período de 2023.

Principais países de destino

No ranking de principais países de destino, a China lidera, seguida dos Estados Unidos e Argentina.

O Porto de Santos se consolida como a principal unidade de desembaraço aduaneiro, representando 32% das operações no período. 

O Porto de Itaguai vem em segundo lugar, seguido do porto de Paranaguá, ambos com 9% do valor FOB movimentado.

Conclusão

O cenário de crescimento no comércio de soja exige das empresas brasileiras uma abordagem estratégica, que combine eficiência operacional, sustentabilidade e gestão de risco, para garantir sua competitividade no cenário global cada vez mais dinâmico e desafiador.


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