A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) notificou o governo brasileiro sobre a detecção de pestes e resíduos de pesticidas em cargas de soja exportadas por cinco unidades de empresas brasileiras.
Como resultado, as exportações dessas unidades para o país asiático foram temporariamente suspensas enquanto as causas das não conformidades são investigadas.
Em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) afirmou que foi informado previamente pelo governo chinês e que já estão em curso ações para avaliar os casos.
“O Mapa possui expectativa do recebimento, na maior brevidade possível, dos planos de ação das empresas envolvidas para demonstrar os procedimentos adotados para evitar novas ocorrências das não conformidades detectadas pelos chineses. Da mesma forma, o Mapa intensificará as ações de fiscalização nos embarques de soja do Brasil para a China”, disse o ministério.
O governo brasileiro destacou que o tema está sendo tratado com naturalidade, uma vez que não conformidades são passíveis de ocorrer na rotina das exportações.
“O tema está sendo tratado com naturalidade, considerando que não conformidades, como estas indicadas pelo lado chinês, são passíveis de acontecer na rotina das exportações e ações para correção de eventuais desvios são sempre importantes para o fortalecimento das relações de confiança”, afirmou o Mapa.
A China é o maior comprador mundial de soja e principal destino das exportações brasileiras da commodity. Em 2024, segundo dados da Logcomex, o país asiático importou do Brasil 72,5 milhões de toneladas, o equivalente a US$ 31,5 bilhões (FOB) do produto (NCM 1201.90.00).
Apesar da suspensão, o governo brasileiro garantiu que o impacto nas exportações de soja será mínimo.
“Vale reforçar que outras unidades das empresas notificadas seguem exportando normalmente para a China, sendo as suspensões válidas apenas para as cinco unidades oficialmente notificadas. Portanto, os volumes negociados pelo Brasil não serão afetados em função desta suspensão temporária destas cinco unidades notificadas”, ressaltou o ministério.
A pasta informou ainda que, após a adoção das medidas corretivas, transmitirá todas as informações relevantes às autoridades chinesas e solicitará a revogação da suspensão temporária.