O Brasil registrou crescimento de 5% nas exportações de carne suína ao Chile no primeiro trimestre de 2025, alcançando US$ 58,5 milhões, mesmo com redução de 9% no volume embarcado, que caiu para 24 mil toneladas. Os dados da Logcomex revelam valorização do produto brasileiro no mercado chileno.
A categoria “Outras carnes de suíno, congeladas” foi o carro-chefe das exportações, totalizando US$ 53,5 milhões, um aumento de 8% em comparação ao mesmo período de 2024, compensando quedas em outras categorias como “Outras carnes de suíno, frescas ou refrigeradas” (-21%) e “Outras miudezas comestíveis de suíno, congeladas” (-46%).
Santa Catarina mantém liderança absoluta entre os estados exportadores, com 71% de participação (US$ 41,3 milhões), seguida pelo Rio Grande do Sul com 29% (US$ 17,1 milhões). O Paraná, terceiro maior exportador nacional de carne suína em 2024 com 185,5 mil toneladas, ganha agora acesso privilegiado ao mercado chileno.
A abertura para os frigoríficos paranaenses veio com o reconhecimento do estado como zona livre de febre aftosa sem vacinação pelo governo chileno, anunciado em 22 de abril pelo ministro da Agricultura, Esteban Valenzuela, durante visita do presidente Gabriel Boric ao Brasil.
A medida integra esforços bilaterais de ampliação comercial, que incluem a abertura do mercado brasileiro para o mel chileno, e beneficia diretamente os produtores paranaenses, que desde 2021 contam com o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) como área livre de febre aftosa sem vacinação.